Contagem Regressiva

Que a vida que corre na rua é bem diferente daquela que habita o interior da mente isso é mais que sabido. E nem sempre o discernimento entre essas duas vidas, com tempos diferentes, é notado pelo vivente.
E quanto mais velho se fica, mas saudosista queremos ficar.
João é um homem que, no alto de sua idade, com filhos crescidos e pouco amados, por ele – como imagina-, luta pela sanidade de viver em um mundo em que nenhuma mulher foi capaz de preencher por muito tempo, ou de forma satisfatória. Teve várias. Teve filhos. Teve a solidão de viver acompanhado e o desejo de encontrar-se.
Em Contagem Regressiva é possível notar os pontos de coincidências entre a vida real, a ficcional e uma morte buscada – morremos todos os dias vitimados por vidas infelizes. Uma obra que dispensa comentários de orelhas e de crítica por apresentar uma literatura com densidade emocional suficiente para preencher dias por ser um enredo em que não se nota o autor, somente os personagens, o tempo e as emoções, inclusive de quem a lê.
Vanessa Maranha é a autora que dá vida a João e suas dificuldades, a Saula e sua aparente loucura, a Romão e seus roubos de história, a Jaci e a pequena vontade de eutanásia, Loredano, Milza e Jerusa com suas intrigas e desamores e a um filho travesti que morre sem causas um tempo depois e que o pai pensa ter sido jogador de futebol.

Um livro que diverte, entrete e emociona.

Chamada de lançamento



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