Paladar oriental

Foto: arquivo pessoal


A ideia surgiu assistindo os desenhos animados na TV aberta e ficou. Persistiu e resistiu aos anos e às vicissitudes da infância e aos dramas da puberdade. E quando finalmente pode ser expressado ainda passava as reprises de A Usurpadora. 
Foi assim que a comida japonesa tornou-se uma fixação - um sonho de consumo - no imaginário de quem fantasiou e acrescentou sabores e cores, até, de uma forma obscenamente deliciosos.
De repente, nas vielas da terra indígena, surgiu quem oferecesse comida japonesa a preços nada amigáveis. O shopping instalado em Arapiraca, com vídeos repetitivos, também instigava o desejo e a dúvida - será que presta mesmo?
Dia sim, noites não, lá estava a ideia e o contato do delivery. 
Ligou, perguntou, assustou-se com o preço e pediu. A espera. A demora. A dúvida.
Quentinha, a bandeja foi entregue, paga e aberta como quem abre o Santo Graal da gastronomia fantástica. 
Comeu.
E foi a experiência mais desagradável que ja teve. 
O peixe, longe do salmão léguas, parecia os peixes vulgares que se compra no atacado no mercado público. 
Doce. Todos os itens eram doce e desagradável ao paladar.
E assim o sonho da comida japonesa tornou-se uma decepção no tamanho da imaginação. 
No entanto, o sonho não acabou. Outra chance, em outro delivery, em outra cidade, será dada. E que Deus ajude na hora de provar.

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