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Trabalhador Brasileiro II

O trabalhador brasileiro não tem um dia de sossego. Quando não está em funções que lhe exigem abdicação de sua personalidade, de seu posicionamento e identidade, encontra-se em dilemas sociais provocados por uma demagogia. Ameaças de demissão constantes se não obedecer cegamente a ordens, por vezes antiéticas (beirando a ilegalidade) de gerentes e supervisores; e um sem fim de humilhações cotidianas que faz do brasileiro contemporâneo um negro africano ou um índio nativo, escravizados e destituídos de suas identidades e quereres. Se é intolerável a ideia de escravização de outros povos e de objetificação do ser humano em um passado não tão distante, o que dizer do mesmo movimento, sob a aceitação legal e cultural do descendentes miscigenados desses mesmos povos, ocorrendo hoje, neste exato momento? Na volta para casa depois de um dia de trabalho em que a gerente ordena o saque de clientes de forma clara e indubitável é possível encontrar outros trabalhadores que sofrem abusos morais...

Evolução brasileira

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Arte: Shaman's rattle. Cultura Tsimshian. MET. Estamos, o povo brasileiro, evoluindo muito - e isso não quer dizer para melhor.  Quando filas - físicas e virtuais - gigantescas tornam-se insolúveis devido à burocracia tem-se, então, uma anomalia administrativa que, por vezes, é causada pela própria gestão com fins adversos, até obscuros, de modo que interesses alheios ao bem comum se sobreponham ao bem-estar da coletividade.  E quando essas filas se tornam repositórios de preconceitos temos uma aberração. É o que ocorreu em Mato Grosso quando uma entidade representativa de classe, por meio de um órgão, promoveu um desfile de crianças e adolescentes em um shopping para que possíveis adotadores pudessem escolher o espécime humano que melhor se adequasse às necessidades do espectadores e endinheirados. No desfile foi possível avaliar a postura, a cor da pele, o nome, a desenvoltura e o nível do desespero dessas crianças e adolescentes que almejavam nada além de serem...

Paladar oriental

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Foto: arquivo pessoal A ideia surgiu assistindo os desenhos animados na TV aberta e ficou. Persistiu e resistiu aos anos e às vicissitudes da infância e aos dramas da puberdade. E quando finalmente pode ser expressado ainda passava as reprises de A Usurpadora.  Foi assim que a comida japonesa tornou-se uma fixação - um sonho de consumo - no imaginário de quem fantasiou e acrescentou sabores e cores, até, de uma forma obscenamente deliciosos. De repente, nas vielas da terra indígena, surgiu quem oferecesse comida japonesa a preços nada amigáveis. O shopping instalado em Arapiraca, com vídeos repetitivos, também instigava o desejo e a dúvida - será que presta mesmo? Dia sim, noites não, lá estava a ideia e o contato do delivery.  Ligou, perguntou, assustou-se com o preço e pediu. A espera. A demora. A dúvida. Quentinha, a bandeja foi entregue, paga e aberta como quem abre o Santo Graal da gastronomia fantástica.  Comeu. E foi a experiência mais desag...

Mais shoppings em Aracaju!?

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O Governo do Estado de Sergipe anda divulgando a construção de mais novos 5 shoppings no Estado - 2 na capital, que somado aos outros dois já existentes, o RioMar e o Jardins, totalizarão quatro Centros Comerciais na Capital,  e três no interior -, em um ano em que a crise econômica  assola o país de norte a sul, o Estado de Sergipe, aparentemente, saiu na frente para a construção de uma sociedade economicamente mais forte. Isso, entretanto, é apenas uma ilusão. Aracaju continua com os problemas de sempre: a locomoção urbana continua sendo o grande problema que a população enfrenta e, nem tão cedo, será solucionada (as horas no trânsito, embora menores que cidades maiores como São Paulo e Rio de Janeiro, é um problema para a capital sergipana, em especial para o escoamento de mão-de-obra e da produção), o transporte coletivo lista também entre os piores probl...

Primeiros Parques

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A temporada dos parques de diversão está aberta e os mais diferentes tipos de parques já começaram a se instalar nas cidades. O tocante, constrangedor, é a divisão que os proprietários dos estabelecimentos móveis de diversão fazem quando decidem ir para essa ou aquela cidade. Para uma cidade, vai um parque totalmente sucateado, inseguro, alicerçado no improviso. Para outra, vai o irrepreensível empreendimento em que os preços podem ser altos, já que valerá a pena pagar o preço. As cidades já têm seu trânsito alterado e luzes complementando a noite, seja no interior ou na capital. Para exemplificar essa discrepância visível tem-se o primeiro parque de diversão que chegou a Palmeira dos Índios – AL. A imagem mostra tudo o que milhares de palavras é quase capaz de expressar. Na outra, Aracaju-SE, no estacionamento do Shopping Jardins, outro diferente e mais requintado parque expõe as primeiras luzes do Natal próximo. A imagem igualmente traduz. Para os consumidores resta o bom ...