O Mercado Público de Palmeira dos Índios

Foto: Mercado Público de Palmeira dos Índios.
Rafael Rodrigo Marajá


Com frequência, o Ministério Público Estadual de Alagoas interdita abatedouros clandestinos em todo o estado (e eles sempre ressurgem em outro lugar) - o mais recente caso foi em Santana do Ipanema. E o quadro apresentado em todos esses abatedouros é semelhante: animais, gato e cachorro, circulando pela área de abate, crianças zanzando por toda a edificação e carcaças jogadas no chão sujo. A desqualificação profissional dos envolvidos e a inobservância das normas de higiene e segurança do trabalho são a cereja desse bolo imundo que está espalhado em todo o estado.
Mas isso é só uma parte do problema. O outro lado é a comercialização varejista desses produtos, com essa procedência, que é tão nojenta e degradante quanto o próprio abate.
Em Palmeira dos Índios a comercialização de carnes e frutos-do-mar ocorre no mercado público, localizado entre o Unicompra e o Todo Dia. As condições do mercado público são as piores e vão desde ratos circulando livremente pela edificação à lama sobre a qual se assentam bancas igualmente sujas onde se colocam os produtos de origem animal, grãos, frutas e verduras.
A Prefeitura Municipal de Palmeira dos Índios cobra seus impostos e esquece de solucionar o problema, o MPE/AL e a Vigilância Sanitária ignoram tal nojeira e descaso e o consumidor, sempre circulando na lama, dividindo o espaço com cães famintos e ratos, só pechincha a carniça que come no almoço e no jantar.
A lei, ao que parece, não vale para o mercado público (vai que é porque a prefeitura lucra). Até quando? Nem os porcos sabem.

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