O deus-monstro
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Young Sailor II. Henri Matisse. Met. |
Se você olhar com atenção, com bastante atenção, vai acabar descobrindo o monstro que habita em você e que confraterniza com o deus interior que carrega.
O monstro e o deus beijam-se todas as manhãs, discutem sobre a inocência ou a culpa dos afetos e desafetos, destroem e constroem sonhos e ilusões. Digladiam-se. Amam-se. E o torna um ser deplorável, abjeto e cruel algumas vezes, enquanto que em outras o torna o anjo que habita no mais alto céu.
Não é uma questão de escolha e a psicologia adora estudar e observar isso nas pessoas. As igrejas, habitadas por monstros de dentes afiados, tentam convertê-los em santos glorificados capazes de habitar nos altares limpos de tantos edifícios - sem sucesso, pelo que se pode avaliar.
Você é um deus, um demônio, um humano, uma ilusão.
Você é o problema e a solução.
A decisão, o que mais importa nessa "jornada da vida", é se você quer realmente conhecer a si mesmo. A decisão é: tem coragem para descobrir e conviver com a sua monstruosidade?
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