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Paladar oriental

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Foto: arquivo pessoal A ideia surgiu assistindo os desenhos animados na TV aberta e ficou. Persistiu e resistiu aos anos e às vicissitudes da infância e aos dramas da puberdade. E quando finalmente pode ser expressado ainda passava as reprises de A Usurpadora.  Foi assim que a comida japonesa tornou-se uma fixação - um sonho de consumo - no imaginário de quem fantasiou e acrescentou sabores e cores, até, de uma forma obscenamente deliciosos. De repente, nas vielas da terra indígena, surgiu quem oferecesse comida japonesa a preços nada amigáveis. O shopping instalado em Arapiraca, com vídeos repetitivos, também instigava o desejo e a dúvida - será que presta mesmo? Dia sim, noites não, lá estava a ideia e o contato do delivery.  Ligou, perguntou, assustou-se com o preço e pediu. A espera. A demora. A dúvida. Quentinha, a bandeja foi entregue, paga e aberta como quem abre o Santo Graal da gastronomia fantástica.  Comeu. E foi a experiência mais desag...

O germe da tragédia

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Foto: Palmeira dos Índios - AL. Mar/2017. Rafael Rodrigo Marajá. Não adianta mudar o canal da televisão quando telejornal começa a reproduzir dramas reais em que pessoas morrem de fome, sede e doenças. Não adianta não comprar o jornal pela simples menção a terrorismos e crueldades com humanos e animais. O mal vai existir e deve ser combatido, debatido e solucionado; e isso só pode acontecer se tivermos a coragem de erguer-nos contra a corrupção material e intelectual e decidirmos - decidirmos- fazer alguma coisa. É por essa covardia em vir  a realidade tal como ela é, nua e crua, que vemos acidentes em estradas - ocasionados por animais soltos -, crianças morrendo de fome e sede em diversos países e, em última análise, é o principal motivo que vemos a proliferação de doenças e ratos a partir do lixo que surge e se multiplica em qualquer terreno baldio e beira de estrada. Animais de grande porte que comem lixo e provocam acidentes automobilísticos, ratos que se proliferam ...

O domingo comum

Comumente, adivinha-se, sem muitas deduções, que os problemas amorosos, que geralmente surgem em um domingo – dia de muita ociosidade e tédio - são provenientes da falta de objetivo preguiçoso e egoísta, inerentes à felicidade individual de cada um. Esses problemas não são tão grandes e dramáticos quanto pitam àqueles que não m nada melhor para fazer. São simples, até demais,e estão,via de era, ligados a algum desejo sexual insatisfeito. O amor compartilhado, que tantos desocupados gostam de complicar, é apenas a infelicidade camuflada de simpatia eu faz o tempo - a maior riqueza do homem - ser desperdiçada abundantemente.  Assim, o que é possível perceber e um amontoado de gente é que as discussões de relação – DR’s -, os ciúmes – inclusive té de quem nem se tem nenhum ipo de relação afetiva ou sexual – e o desperdício do tempo poderiam ser facilmente resolvidos na cama, como costumam afirmar uns, ou em uma leitura altamente despretensiosa, mas boa e instigante, e algum escrito...

As trevas de hoje, a boemia de ontem

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A boemia, antes exercício natural de muitos daqueles que hoje temos como ícones literários e musicais, tornou-se um argumento desfavorável à confortável vida tranquila e produtiva do nosso cotidiano. E talvez seja isso o que torna as produções artísticas medíocres, acarretando em um insignificante diferencial no mercado de trabalho.   É durante a noite que as ideias podem fluir mais calmamente, ou não, e abundantemente. Que se pode reinventar métodos. Resolver conflitos e definir novos métodos produtivos. Nessa ausência efetiva do sol  a qual chamamos de noite, é que se pode, com a clareza de quem conhece a si e seus problemas, provocar as revoluções na música e na escrita, que sempre influenciam gerações. Mas a boemia quase acabou. Nos bares, quem sobreviveu à onda das redes sociais, não mais inova, apenas  trata de não esquecer o que viveu - enquanto o álcool permite. Nos passeios, a violência  - que dizem ser maior hoje que ontem - espantou os casais pú...