O por do sol

Foto: Palmeira dos Índios - AL. Rafael Rodrigo Marajá.
Falam muito do por do sol e sempre fazem referência ao livro de Antoine. Aí eu pergunto: adianta de que estar sentado em frente a uma tela de computador, reproduzindo a mesma frase regularmente, se quando o sol se põe ninguém está lá para ver?
O sol queima, irrita, estressa, adoece, embeleza e enobrece e quase ninguém está interessado realmente nele, apenas em dizer que está ou numa melancolia falsa ou em um amor interessante. Enganação entre si e outrem, apenas. Uma perda de tempo tão grande que poderíamos construir um bem sucedida multinacional em tempo recorde se juntássemos esse povo todo que é "fã do por do sol".
Tenho para mim que frases ditas, digitadas e reproduzidas não possuem valor algum. Não agregam valor a nada nem a ninguém e que só serve para destruir as obras literárias enquanto vulgariza os elementos naturais.
O por do sol não é nada disso o que dizem. Aliás, ele não nada fora do normal. Anormal somos nós que gostamos de tristeza e melancolia, agarrando cada uma delas como se fôssemos náufragos no mar da alegria e da felicidade.
Goste do sol em qualquer hora, do fim da tarde e do começo da manhã; goste de si e de quem compartilhar o momento, qualquer que seja ele. Só não se vulgarize sendo um imbecil que em vez de viver compartilha frases vazias e imagens sem sentido algum.

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