Sem concursos para a vida inteira, por gentileza

Foto/Reprodução: olojista.wordpress.com


Não é difícil ouvir sobre concursos públicos, futuro estável e dinheiro garantido todo fim de mês. Mais fácil ainda é presenciar diálogos fortíssimos sobre as maneiras de de ser aprovado em um certame - só não entendo como com tantos "métodos eficazes" poucas pessoas saem vitoriosas.
Ser funcionário público só é vantajoso pela estabilidade, que é também uma faca de dois gumes. De resto, o funcionalismo público é chato, degradante da vontade de fazer mais da própria carreira e é extremamente nocivo para aqueles que gostam de se divertir trabalhando - o serviço burocrático torna as pessoas repulsivas.
E então você está na casa dos 20 anos (que vai dos 20 aos 29) e sente que o mundo à sua volta só pensa em ser parte do governo, em qualquer esfera. Ou seja, os indivíduos pensam logo, antes mesmo de serem reprovados nos concursos - "vou ganhar dinheiro, vou viver do jeito que eu quiser e me aposento".
Será mesmo que isso é viver bem?
Será mesmo que passar a vida toda dobrando papel e grampeando maços de folhas é o que você realmente quer?
Até quando o dinheiro o convencerá que o melhor é ser mais uma ferramenta burocrática do Estado, que sequer pode pensar?
Concurso público só é bom mesmo quando é para a profissão que se quer, ainda que seja por uns anos. De resto não vale a pena - a não ser que goste de ser medíocre a vida toda.
Essas conversas de pessoas "vitoriosas" sobre como ser pequeno por uma vida interia é a prova cabal de nossa incapacidade em ousar.

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