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Mostrando postagens com o rótulo O Pequeno Príncipe

O por do sol

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Foto: Palmeira dos Índios - AL. Rafael Rodrigo Marajá. Falam muito do por do sol e sempre fazem referência ao livro de Antoine. Aí eu pergunto: adianta de que estar sentado em frente a uma tela de computador, reproduzindo a mesma frase regularmente, se quando o sol se põe ninguém está lá para ver? O sol queima, irrita, estressa, adoece, embeleza e enobrece e quase ninguém está interessado realmente nele, apenas em dizer que está ou numa melancolia falsa ou em um amor interessante. Enganação entre si e outrem, apenas. Uma perda de tempo tão grande que poderíamos construir um bem sucedida multinacional em tempo recorde se juntássemos esse povo todo que é "fã do por do sol". Tenho para mim que frases ditas, digitadas e reproduzidas não possuem valor algum. Não agregam valor a nada nem a ninguém e que só serve para destruir as obras literárias enquanto vulgariza os elementos naturais. O por do sol não é nada disso o que dizem. Aliás, ele não nada fora do normal. Ano...

A Culpa é das Estrelas

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Quem não leu A Redescoberta do Mundo , Ouro , O Diário de Suzana para Nicolas ou o fim de O Pequeno Príncipe certamente ficará impressionado demais com a morte e a dor adolescente de A Culpa é das Estrelas . Nas obras citadas existem personagens que chegam ao túmulo, ou retorna à sua estrela - como Le Petit Prince -, por meio, se não do veneno de uma víbora, por uma doença terminal – com exceção apenas de Ouro, onde a esperança entra em remissão. A Culpa é das Estrelas não é o primeiro livro a tratar da morte e do amor, nem será o último, acredito. É bem escrito e o amor não convence. O romance de Green cumpre seu papel se for uma homenagem a todos os que sofrem com o Câncer, e só. Olhando pelo outro lado, a trajetória de Augustos e Hazel tem um quê de história fraca e uma certa falta de ousadia – talvez. As citações que percorrem os murais e perfis nas redes sociais nada mais é que coisas já citadas por outras áreas (isso que dá não ler muito) –com algumas exceções. Basicame...

Blasfemadores d'O Pequeno Príncipe

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Imagem da Página Oficial no Facebook Se O Pequeno Príncipe fosse sagrado, ou pretensamente sacro, como os livros religiosos, ele certamente seria o mais blafesmado de todo o planeta. Além, é claro, de mais mal interpretado de toda a história, ganhando até mesmo da Bíblia. A razão para tanto é que aspirantes a amantes, vagabundas, putos, cafetões, marginais, mocinhas de família, padres, pastores, donas de casa, estudantes e uma série de outras denominações quase religiosas do cotidiano empregam recortes do texto de Exupéry como verdades universais que justificam traições, palavras e atos rudes, desconfiança, descrença e as mais variadas maneiras de agressão ao outro. É evidente que nem toda mulher é uma rosa todo homem é um pequeno príncipe. Ou nenhum dos dois gêneros nunca é nem uma coisa nem outra. Nem moram no B-612. Embora seja um livro para adultos, com conotações infantis, aqui e ali, O Pequeno Príncipe dispensa reinterpretações, recolocações sociais e empregos na v...

Um quase estado

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Fim de tarde em Palmeira dos Índios - AL Perdem o dia com o trabalho que paga a conta de água, energia, telefone. Perdem a noite pensando nos problemas que geram o dinheiro que garante a iluminação pública, a novela, a cama nem sempre tão confortável. Entre perdas diárias e perdas noturnas o entardecer vai se achegando à noite, misturando o azul do céu profundo com o escuro que torna brilhante as estrelas do céu, energia muitas vezes dissipada milhões de anos atrás e que só agora chega à visibilidade terrena. Nesses momentos de tênue estar, é fácil perceber que a tristeza do Pequeno Príncipe é tão cortante, tão íntima de quem lê as grandiosas páginas como a roupa que cobre o corpo cansado dessa corrida por dinheiro. Em muitos lugares, enquanto tantos perdem, principalmente o tempo, outros poucos presenciam o exato momento descrito pelo Pequeno Príncipe. E nem percebem. Também se percebe poucas coisas, fazem o que realmente querem e são pouco felizes. É fácil ser triste e infe...

O Retorno do Jovem Príncipe

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Obra em Português A violência dos nossos sentimentos leva-nos a abismos estranhamente confusos, assimétricos, cuja delicadeza requer um trata especial e uns conselhos sempre óbvios, mas certos, simples, possíveis, belos. Conselhos se fossem bons, não se daria. Vendia-se. É o que dizem. No entanto, há muito alguém genial escreveu O Pequeno Príncipe e revelou-nos a beleza da simplicidade e da resolução de problemas de maneira pacífica e hábil. Revelou-nos como somos e podemos ser felizes sem necessitar de grandes invenções, de maravilhas construídas pelo homem, de nada além do diminuto, mas importante, fato de que podemos ser aquilo que queremos se entendermos os valores essenciais da vida, da amizade e do amor. Porém, no fim da obra, o autor leva o Pequeno Príncipe de volta a seu planeta e nada mais sabemos dele e de seu planeta, de sua Rosa. Ou melhor, nada sabíamos até que outro escritor, de comparável talento, resolveu, como que para presentear alguns amigos, contar o que...

O inverno chegou, cuide das rosas

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“Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce de noite olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas”.                                                                                                            O Pequeno Príncipe A noite, como uma bruma, cairá em uma não tão inesperada tempestade: de frio, de escuridão, de sonhos. Nos trópicos, o inverno chegou com toda a grandeza de um senhor governador que faz das terras quentes do Brasil um paraíso oscilante entre a frieza dos ventos invernais e a qu...