Tudo real, só

Trecho de Um sorriso ou dois, de Frederico Elboni
De certo modo parece que desacostumamos a estar perto das pessoas e a fazer com que elas gostem da gente - já que like é mais "eficiente" para avaliar o grau de interesse e envolvimento. Mas não é culpa do like. A culpa é nossa que, não se sabe de onde, criamos e cultivamos o hábito de tornar o mundo virtual mais importante que o mundo real. E o resultado acaba ficando um tanto óbvio - relacionamentos artificiais, pessoas descartáveis e muitas fotos e palavras que precisam ser apagadas depois que tudo acaba.
Bom mesmo é quando você, no mundo real, encontra alguém interessante que não liga muito para redes sociais e que conserva aquela mania de ser interessante apesar da exposição contínua e obrigatória. E, encontrada, ainda passa para o nível onde conversar e se encontrar é mais legal que conversar por bate-papo. 
Sentimentos virtuais de pessoas reais são estados mornos tão comuns quanto a luz solar. 
Sentimentos reais de pessoas reais e interessantes são tão difíceis quanto um diamente no quintal de casa.
E sabe o que é mais interessante? É possível encontrar um diamante no quintal, é só não procurar e viver do jeito que se quer.

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