A conservada dos conservadores



Prestes a completar dezoito anos, a família planeja dar-lhe um notebook. Muito louvável o pensamento de que a "menina" de um aparelho para estudar - inclusive para o enem. A família faz-lhe os seus gostos - comida vegana, transporte urbano por Uber, tolerância a um namoro de benefícios questionáveis e manhas que não cabem em uma ordinária descrição são o piso sobre o qual edificam um comportamento autodestrutivo, em vários aspectos.
Agora esqueceram que a mocinha perde-se entre a casa e a escola e é encontrada horas depois na casa do namorado (e só o pai nem sonha com isso), não tem disposição para estudar nem o abc do ensino médio e a própria casa não sabe o dia que foi varrida. Mas a bichinha merece um notebook para estudar, durante o dia, porque durante  a noite ela vai estudar virtualmente o que já está cansada de estudar no namoradinho mais velho.
E o que isso tem de mais?
Na verdade, nada, não fosse o fato de o referido núcleo familiar não se arvorasse em tradicional, conservadora e julgadora da boceta alheia, com a bênção de um Deus-particular-qualquer-de-mais-uma-igreja-de-esquina.
Aos dezoito ela há de ganhar um notebook e mais um rasgo...no cu.




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