Postagens

Mostrando postagens com o rótulo masturbação

A marcha do dedilho

Imagem
Tão natural quanto um problema de coluna devido ao uso contínuo do smartphone é a popularização do conhecimento de que as mulheres também se masturbam - às vezes até compulsivamente, como alguns homens.  Aceitar que as mulheres sentem desejos tão fortemente quanto os homens já algo absurdo para algumas mulheres religiosas demais e para alguns homens com uma masculinidade frágil imagine então aceitar e assimilar que as mulheres, das mocinhas que cantam no coral da igreja às velhas solteironas que reclamam de tudo, utilizam o smartphone para acessar o Tumblr e o XVídeos para promover o gozo fácil e emocionalmente insalubre de uma masturbação interessante na qual nem sempre os dedos entram pela vagina ou pelo ânus, mas todo e qualquer objeto cilíndrico e nem sempre diametralmente pequeno. Às mulheres que se tocam e se invadem fica a dor de saber que capaz de satisfazer-se, mas que se nunca encontrar um parceiro será uma fracassada adestrada. Às mulheres que não se conhecem...

Corpos incandescentes

Embora sejam espécimes raros, conheço uma ou duas moças que vivem verdadeiramente a lei da castidade imposta pela igreja e que, mesmo assim, mantém uma vida condizente com um estilo fitness, ou seja, busca manter o corpo em forma e curvilíneo. Observando isso e o fato de que não existem namorados e nem ficantes (investiguei os casos a fundo), fiquei pensando o que fazem para suprimir o desejo sexual que, sabemos, é desnorteador e opressivo quando não satisfeito. Disso surgiu a única solução possível - a masturbação. Ainda que seja um tabu para mulheres com uma mentalidade ultrapassada e condenada veementemente pelos homens  que comandam as igrejas, a masturbação é o ponto de fuga para esses belos e descomprometidos espécimes que não tem pressa para casar e não encontrou ainda o "eleito". Encerradas em seus quartos, sob a luz fraca do poste da rua ou do brilho do smartphone, suas mãos tocam a própria pele como faria o homem que inexiste em suas vidas. Seus dedos tocam s...

Home Holy III

O prazer de Finados

Escorrendo por entre os poros, o dia passa devagar e quente. Na TV alguém falava sobre a vida após a morte como se a morte fosse um estado semipermanente em que alguém precisa ficar por um bom tempo. _ "Lá é lindo, não há dor e todos são iguais até o juízo. .." - a voz parecia que tinha ido e voltado do mundo dos mortos como naquele filme da Pixar. Uma porta bateu e uma criança chorou ao longe. Um cachorro latiu. E, de repente, um leve estalido e o silêncio entrou, sem pedir licença. Apenas ecos e choros de crianças roçavam as paredes. Roçando-lhe a libido, uma mão subia por sua perna, apertava-lhe sua cocha e permanecia imóvel, esperando a reação, a repulsa, o ódio. Deitada, ela abriu-se mais, afastando as pernas. Empinando-se. O calor, do clima, do corpo, do quarto, sendo opressor e oprimido pelo desejo. A mão levantou-se, apalpou e caiu, desferindo-lhe um tapa inesperado.  Gemidos. Os dedos subiram, tocaram seu sexo, provocando sua umidade lasciva. A res...

A terra da oportunidade

Imagem
Não importa se você tem dinheiro ou não, se está fazendo cursinho pré-vestibular ou no pós-doc, uma coisa não muda: o perigo do sofá. O sofá, esse inocente móvel que decora a sala e a recepção de muitos lugares pode ser, se fizerem uma pesquisa, o item mais utilizado por quem gosta de aproveitar a madrugada, o tempinho que aparece durante a tarde ou aquele filminho no começo da noite (que ninguém lembra do nome nem dos personagens ao final do filme), mas que sabe exatamente como foi parar entre alguém e o encosto do sofá. E é quase certo que, com alguém com boas más intenções por perto, não tão de repente a exploração dos limites alheios faz-se necessária. E depois que o primeiro botão se abre... É válido, no entanto, avisar aos sofazeiros de primeira viagem que há posições, métodos e técnicas para não ser descoberto ou para o caso de uma entrada abrupta de alguém no recinto... e isso ou é ensinado ou se aprende na tentativa e erro.  O sofá é perigoso e é também a te...