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Mostrando postagens com o rótulo Reflexão

Nada além do que virá

 Quando escrevi A presunção da importância refleti como somos tão pouco importantes em um mundo dinâmico composto por pessoas substituíveis e se reler Recado amistoso   poderá entender um pouco mais sobre as entrelinhas da instrumentalização do sexo.  Entre pernas que se abrem e bocam que bebem o gozo de desconhecidos de nomes populares estamos todos suscetíveis a sermos apenas instrumentos, corpos e números. Parece que isso já é tão aceito que na nova forma de fazer política quanto mais seguidores se tem mais apto a ser um candidato a cargo politico. A questão que ressurge, assim como acontece na seara da artes, é: quantidade de seguidores significa talento ou competência para ser artista ou político? Em breve poderemos ver, tal qual acontece no Pantanal, a queimada dos mais diversos campos sociais em um fogo causado pela ânsia de transformar redes sociais em instrumentos corriqueiros de poder.  Obviamente isso não dará certo como jamais deu certo importar hábitos ...

Nossos bens

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Pintura: The Artist and is model. Henri Matisse. Quando  desci do ônibus, na ladeira da Catedral de Palmeira dos Índios, o motorista - e cobrador - olha para mim e pergunta se a Roberta autorizou que eu e minha companheira de viagem usássemos "passes" de numeração igual. Bom, não sabia quem era Roberta e nem por que ele interpelava-nos com tanto desgosto e fúria se os "passes" foram comprados com o meu dinheiro e, em tese, deles posso dispor da maneira que melhor me aprouver - rasgando-os, comendo-os ou distribuindo-os entre quem e como eu bem entendo. Desci do veículo, arrastei minha companheira e lá fomos nós, terminar de subir a ladeira - essa ladeiras de Palmeira dos Índios não são para hipertensos! O motorista-cobrador fez-me refletir sobre como tomamos posse daquilo que não é nosso e fazemos do objeto nossa propriedade particular. Às vezes o objeto é uma pessoa - com uma vida pregressa interessante e perturbadora. Outras vezes tomamos posse do nada...

Poucas sobre cálculo

O problema é que os cálculos são bons. Sempre existe um método, um caminho, um jeito de pensar e de imaginar os cálculos, mesmo que digam que nem tudo é como se imagina. E a graça que existe é exatamente essa: empregar um método para resolver o problema, o enunciado. Então, entre o que dizem que é uma engenharia e o que realmente é existe uma miríade de fatos, teoremas, círculos, ciclos, humanidades, projetos, leis, status, causos, professores ruins, bons. O problema é que as férias nem sempre são férias, nem sempre compreensão matemática significa boa engenharia, fundos podem ser rasos.

O NÃO do depois

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Adriana Calcanhoto. Fonte: fb.com/cifras A parte mais difícil de uma relação é dizer NÃO . Não para quem xinga sem motivo; Não para quem só tem tempo quando o tédio é demais; Não para quem se comove apenas com o conveniente; Não para quem gosta de ser o mandante no relacionamento; Não para quem ama o fatalismo; Não para quem ama pela manhã e odeia à tarde; Não para quem quer doação e nunca se doa; Não para quem gosta de humilhar quem diz que ama; Não para quem ama ser amado e não amar; Não para quem coloca tudo como mais importante, menos você. O mais surpreendente é que o não nem sempre é recusa, rompimento. É, na maioria das vezes, é tão-somente a indiferença que se corresponde com o outro, que fala e dinamiza sem nunca se envolver de verdade. Esse não indiferente é a próxima evolução de um grande amor superado.

O amor é caro demais

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Ilustração de Carol Rossetti O amor tem cor, endereço, nome de banco e instrução. Tem também nome famoso e prazo de validade. Está em mutação de acordo com a moda primavera-verão ou de acordo com os grandes estilistas. Amor nada tem a ver com sentimentos e aspirações – para milhares de pessoas. Quem já não foi barrado em um embrião de relacionamento por não cumprir as exigências do “mercado”? Quem não é preto e é visto de soslaio ao namorar uma branca? Quem nunca se sentiu menosprezado por não estar em um relacionamento cujo diário não é igual a de outros tantos elitistas? Pode parecer que o sentimentalismo domina os “apaixonados” de plantão. É só aparência mesmo. Poucos relacionamentos resistem à distância, ao não querer ficar para trás na corrida exibicionista entre os amigos, ao caos de estar entre individualismos pobres – de intelecto e de pretensão. O amor é um sentimento caro. A fatura é sempre salgada para quem não quer gastar com outra pessoa ou consigo me...

1 real de valor

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Girl at a Window. Balthus(1908-2001) O valor das coisas é variável e deve ser sempre! Para alguns o valor de um short é irrelevante, mesmo que este custe R$ 200,00.Para outros livros não podem mensurados em cifras. Sentimentos, mais difíceis de serem etiquetados, ainda podem sofrer com a variação do fluxo econômico e de parâmetros sociais. Pessoas têm valor. Objetos perdem valor. Pessoas também são objetos(?) e podem perder seu valor quando tratadas como tal. É necessário que se tenha a noção exata de seu valor, como ser humano e motivador de emoções alheias, para que a linha entre ser alguém e estar em condição de alguém não seja quebrada e o caos instalado. Objetos podem assumir o lugar de pessoas se vistos sob o olhar da importância que assumem na vida de seus proprietários. Mas são frios, inanimados, carentes do fluxo de indagações naturais ao ser humano. Não é uma questão de ter. Nunca foi. Possui-se etiqueta para que o valor pago pelas pessoas para ter a posse...

Ignorância pega...até nas residências universitárias

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Dividimos o tempo, de forma voluntária ou forçosa, com pessoas que, na maioria das vezes, em nada contribui para o crescimento pessoal, nosso e deles próprios. Indivíduos que têm em si a única e exclusiva mancha das telenovelas como índice cultural e que a maior fonte de notícias, locais e mundiais, ainda é a pauta dos telejornais – pois ou não tem destreza para ler um jornal impresso, ou eletrônico, ou a preguiça é generalizada. Conheço pessoas assim. E com o agravante de que são incapazes de pensar por si, ou quando o fazem, a força da opinião se desfaz ao mínimo ato de contestação. A bem da verdade, esses ícones da “sabedoria” não são maioria – graças a Deus –, porém, estão espalhados em todos os lugares, até na Universidade e em suas residências universitárias. Conhecimento só não basta. É preciso que as pessoas criem o hábito efetivo da leitura e da escrita; de fazer opinião – ainda que errônea ou pobre de argumentos; de estar e ser um indivíduo pensante de fato, e não...

Manhã de domingo

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Praia de Atalaia, SE,  em 2013 Seis da manhã. O sol começava a despontar no horizonte de prédios, um deles caído lá na Coroa do Meio, e eu, debruçado na janela do terceiro andar, fazia ligações para o agreste e alto sertão alagoano. Adriana Calcanhoto falando-me de coisas que eu já sabia bem, e muito bem, em um volume alto e em bom som. Adriana, ótima cantora e intérprete. Domingo. Sol. Praia. Um mundo lá fora que começava a acordar para o sol, o chuvisco, uma normalidade que em nada me agrada. Pessoas longe. Lembranças perto. Falas suas. Verbos de outrem. Lista de tarefas. Fila de pessoas esperando um “dane-se”. A massa indo pra um lado, eu indo pra outro. Uma garrafa de vinho às seis e um. Queijo, pães, vinho. Um café da manhã próprio para altos pensamentos, para quem tem o peso de um passado apagado nas costas. Esquadros. Mentiras. Depois de ter você. Se o mundo que acorda soubesse, levariam-me para um passeio à beira-mar, um banho em uma piscina sob o sol que...

Reflexão enganosa

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Self-Portrait. Pablo Picasso (1881-1973) Vez ou outra cometemos pequenos enganos. Enganamos o cérebro errando na escrita e em suas muitas regras (que na verdade não são tantas assim, nós é que não estudamos direito e gostamos de reclamar). Enganamos os olhos olhando para coisas distantes e inalcançáveis como se tudo o que está próximo fosse irrelevante (esse ledo engano!). Enganamos o paladar queimando-o com refrigerantes. Enganamos as vidas com visões de mortes que escapam dos muitos amores que sequer chegam a acontecer. Enganamos a memória tentando esquecer. Essa “vez ou outra” é tão recorrente que é uma perda de tempo tentar acreditar que tudo isso é fantasia para um post de um dia qualquer. No entanto, quantas datas são insensíveis ao esquecimento? Quantas formas de depreciar a si e a outrem desenvolveu hoje? Quantas maneiras de errar foram sugeridas e cometidas? Nossas fantasias são frutíferas se empregadas para o bem comum, traduzido em arte, literatura e cinema. Fa...

Você entende, né!?

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                 Rain Drops - Alfred Stieglitz (1864-1946) Você entende, né!? Já notou que quando alguém usa essa frase o que na realidade ela está querendo dizer é: Estou subestimando sua inteligência e você vai fingir que não entende, certo? Algumas expressões são completamente absurdas, cujo sentido leva o ouvinte a uma aceitação eventual e que nem sempre reflete o real pensamento deste, e leva a decisões estranhas e equivocadas. Imagine se toda vez que alguém ouvisse a expressão “Você entende, né!?” a reação fosse de não aceitação da proposição os proponentes iriam pensar duas vezes em usá-la.  O que se entende não necessariamente se aceita. E o que se aceita precisa ser muito bem entendido para que não haja sentidos dúbios e prejudiciais no presente e no futuro. A inteligência alheia nem sempre está pronta para essa pergunta-afirmação que pode ser comparada a um assalto intelectual. Cuidado com o que anda indagan...

A você que odeia as Fêmeas!

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Foto: Filhotes da Suzi, companhia de Rafinha Costa O maior drama de quem tem bichinho de estimação é a morte do tão querido companheiro(a). É triste e inconsolável – e nem adianta dizer que vem outro e fica no lugar por que não é assim que a coisa funciona. No entanto existe algo mais triste que a morte e mais deplorável para a raça humana: a discriminação/marginalização com as fêmeas de cães e gatos! As pessoas querem os gatos e os cachorros machos e rejeitam veementemente as fêmeas como se elas carregassem o mal do mundo dentro de si, como se fossem uma praga que o planeta não deveria abrigar. E sempre ouço, quando a Lis tinha filhotes: “Só quero se for macho”. Ora, essas pessoas não pensam direito! Não batem bem da cabeça! Se detestam tanto as fêmeas por que então simplesmente não jogam as filhas em caixas, ou amarradas em sacos à beira das estradas, em córregos e bueiros? Por que não as deixam nas maternidades para quem quiser adotar? Sim, pois suas filhas també...

Questão fundamental

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Quadro: Woman in White. Pablo Picasso. Há uma pergunta existente entre o cérebro, os olhos e as veias que definem tudo aquilo que fazemos, ou possamos realizar um dia. Um questionamento tão forte e persistente, quando deixamos que ele se manifeste, que é quase impossível saber onde começa o presente e termina o futuro. Tal pergunta também é perigosa, altamente destrutiva quando não se sabe onde se pretende chegar ou em que direção seguir e, por essa razão, respondê-la é uma honra, mesmo sendo desorientado pela resposta, que muitas vezes está à espreita. Você é feliz? Essa simples e pequena oração é a questão fundamental para qualquer ser humano. Para satisfazê-la criamos poemas, procuramos em outrem a solidez de uma certeza, estabelecemos conexões com a arte e com a ciência e nem sempre conseguimos obter uma boa resposta. Sempre queremos dizer que sim. E dizemos sim mesmo sabendo que é uma das maiores mentiras já contadas. Queremos, ansiamos desesperadamente, ser felize...

Exageros de paixões diversas

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The Love Letter. Jean Honoré Fragonard (French, Grasse 1732 - 1806 Paris) Os exageros da semana estão disputando lugar entre a irracionalidade de uma torcida cujos resultados em nada interfere na vida e os exageros do dia dos namorados, que por coincidência é no mesmo dia da abertura da Copa  do Mundo. De um lado vejo fotos de jovens casais que consolidam seus relacionamentos com um pedaço de metal no dedo e que simboliza a eternidade. E aí fico imaginando que qualquer tipo de relação que necessite de publicidade ou/e de uma prova de sua solidez já é insólito e efêmero desde sua concepção. Indivíduos que sabem  o que querem e  que estão certos daquilo que sentem não necessitam de nenhum desses dois itens para serem felizes. A felicidade é surda, muda e cega para a opinião alheia! No outro extremo, mas ainda assim colada com o oposto citado, está a torcida de milhões de pessoas por suas seleções nos jogos do mundial. Atos até exagerados e desnecessários que s...

(Des)importante presente

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foto: sofiakferreira.com É simples dizer “eu te amo”. E é igualmente simples lotar os shoppings e calçadões em busca de um presente que signifique alguma coisa para alguém, que diz , ser a felicidade, ou como mais comumente acontece, o amor. Entre embalagens, fitas, eletrônicos de tela sensível ao toque, músicas e cópias de poemas milhares de pessoas encontram algo que sirva para presentear. E para isso qualquer coisa serve. Difícil é encontrar alguém que tenha criatividade suficiente para homenagear o outro com um objeto, ou representação de algum, que seja simplesmente inovador e valoroso, é muito raro. As pessoas gostam não do presente, mas de mostrar ao mundo o que ganhou e de quem ganhou. E é por essa razão que não importa o que se compre ou faça: o embrulho perde todo o valor, que já não é muito. No fim da noite, ou do dia – depende da disponibilidade dos envolvidos-, o único ato que restará é o sexual, pois somente o sexo pode reparar um presente sem sentido ...

Não é amor, é status!

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É junho começar e as pessoas começam a buscar suas almas gêmeas! E buscam com tanto afinco e tanta falta de propósito que é quase possível dizer, sem erro, que estão no desespero da Segunda Vinda. Ora, se o indivíduo passa o ano solteiro, curtindo a vida entre uma festa e uma saída com amigos, sem a preocupação de estar ou não relacionado com alguém, qual o motivo de buscar tanto um par em junho? Uma dica: não é o presente e não é o frio de algumas regiões. É o status . Sim, algumas pessoas buscam apenas o modelo social aceito nos dias juninos e que, segundo uma tradição comercial, deve ocorrer a troca de presentes. Para alguns isso é justificável visto que não são capazes de ser socialmente aceitáveis fora dos padrões estabelecidos pelo comércio, apoiado pela Igreja, e que foram obedientemente aceitos pela população. E o que acontece em seguida: a) qualquer pessoa serve; b) já que qualquer pessoa serve a decepção é esperada; c) se a decepção é inevitável, bebe-se para ...

O amor de conveniência

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Portrait of faase, the Taupo, or Official Virgin, of Fagaloa Bay, and Her Duenna, Samoa. John La Farge (American, New York 1835 - 1910 Providence, Rhode Island) El amor se hace mas grande y noble em la calamidad , imortalizou o nobel Gabriel García Márquez uma vez. E talvez seja verdade. E talvez seja essa única a forma de verificar se é realmente amor ou um passatempo que serve apenas para distrair da monotonia dos dias. Não raro encontro casais, em ônibus, nas ruas ou em salas de aula, que dão a impressão de que só estão juntos por uma conveniência. Para que ninguém os incomode. Nesses momentos penso: bem que poderia haver nas lojas de conveniência de postos de combustíveis o produto “romance temporário” – sem querer menosprezar os romances temporários. É compreensível o medo das pessoas de estarem sós, de não suportarem o peso das verdades irrefutáveis que permeia a mente dessas pessoas, porém isso não justifica serem tão banais, tão sem graça e inexpressivas. O mund...

O Lado Bom da Vida

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O Lado Bom da Vida é uma obra decepcionante e emocionante. Pode-se dizer que a obra de Matthew Quick é reveladora quanto ao que se tem de bom quando nada mais resta, ou melhor, quando o ciúme e um falso amor destroem a vida e a sanidade de alguém.   Já o filme, apesar das indicações ao Oscar, é decepcionante quanto à veracidade da história criada por Quick. O livro leva o leitor a ponderar quanto ao julgamento que se faz de si e de outrem, independente da situação e mobiliza os neurônios a ver, sob novas perspectivas, e estabelecer outras maneiras de ver o próximo, além daquelas deturpadas formas aprendidas em casa e na escola. O Lado Bom da Vida é uma obra completa naquilo que se refere no cuidado com o próximo. É uma inspiração para quem precisa motivar-se a ser alguém melhor com um pequeno mantra ensinado por Pat – personagem principal. Mas o filme é um completo desastre! Inverte a psique de personagens, altera o início, o meio e o fim da história e elimina a magia qu...

O outro

Fazemos tantas coisas por meios autômatos que nos esquecemos de nossos prazeres pessoais, aquilo que realmente nos interessa, que nos torna diferentes. Anômalos de uma sociedade mutante, porém igual. Realizamos o que os outros desejam, o que esperam de nós, o que buscam em um ser que, na verdade, não existe. Quando olham para você e veem o que você deveria ser estão, no fundo, prospectando alguém que ainda nem nasceu, e que talvez não nasça. Nesse momento constante, repetido, você deixa sua personalidade e assume as responsabilidades extras de fazer, ser e realizar todas as tarefas destinadas a alguém que é um número complexo – imaginário. É essa pressão que destrói, que corrói toda a qualidade produtiva, os sonhos, os casos que poderiam acontecer e virar história divertida. É por essa pressão que muitos trabalham. Que enfrentam a labuta diária. Que morrem pensando em tudo o que poderiam ter feito durante uma vida toda de atribuições reais de alguém imaginário. O que fazemo...

Reflexão da madrugada

O que acontece quando o que era para “sempre” tornou- se passageiro, flutuante entre a emoção que surgiu entre o dia ocioso que corria na maré da mansidão da espera que algo aconteça e a razão entre as partidas e despedidas, inúmeras, de todos os dias? O que acontece quando se olha dentro de uma pessoa, passando pela retina e entrando no corpo, através do cérebro, por meios dos impulsos elétricos que formulam imagens? O que acontece quando é mais fácil dizer “talvez”? É fácil passar pelos mesmos caminhos sempre olhando as mesmas paisagens, ouvir as mesmas músicas, ler os mesmos outdoors, estar sempre alinhado com a pequenez do cotidiano(sim, o cotidiano é pequeno, pois ele é incapaz de perceber as mudanças em outras pessoas, o acúmulo de poeira entre as cartas – de amor ou não -, a nitidez da clara luz que ilumina a feiura do rosto inchado no acordar útil para uma vida que agride a própria essência ao efetuar seus desígnios estranhos e, em alguns casos, mortíferos.) sem notar a...