O amor de conveniência
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Portrait of faase, the Taupo, or Official Virgin, of Fagaloa Bay, and Her Duenna, Samoa. John La Farge (American, New York 1835 - 1910 Providence, Rhode Island) |
El amor se hace mas grande y noble em la calamidad, imortalizou o
nobel Gabriel García Márquez uma vez.
E talvez seja verdade. E talvez
seja essa única a forma de verificar se é realmente amor ou um passatempo que
serve apenas para distrair da monotonia dos dias.
Não raro encontro casais, em
ônibus, nas ruas ou em salas de aula, que dão a impressão de que só estão
juntos por uma conveniência. Para que ninguém os incomode.
Nesses momentos penso: bem que
poderia haver nas lojas de conveniência de postos de combustíveis o produto “romance
temporário” – sem querer menosprezar os romances temporários.
É compreensível o medo das
pessoas de estarem sós, de não suportarem o peso das verdades irrefutáveis que
permeia a mente dessas pessoas, porém isso não justifica serem tão banais, tão
sem graça e inexpressivas. O mundo, as pessoas que vivem para lá e para cá
todos os dias, não exigem de ninguém felicidade, amor, paixão e essas outras
tantas amenidades que nos fazem perder tanto tempo.
Se não há exigência, que não
existam falsos amores e falsos sorrisos. E ninguém venha com a conversa de que
o amor se constrói aos poucos – não há como construir o que seque existe. Constrói-se
aquilo que já existe sob uma base aquosa, é verdade, mas que existe.
Gabriel está certo em dizer que
somente na calamidade o amor ficar maior e mais nobre, pois é na superação dos
obstáculos que ele se faz mais notável e sensível - de uma forma que é
impossível em dias normais.
Somente os que não gostam, ou
amam, é que podem dizer: só o amor não basta.
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