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Mostrando postagens com o rótulo Docentes

Certos dias bestiais

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Foto: Statuette of standing nude goddess. MET. A cada minuto, de certos dias, a gente vai acumulando, sem perceber, quantidades desenfreadas de raivas e ódios diversos - da lama que suja a roupa ao atendente incompetente da lanchonete de fast food , passando pelo professor procrastinador e terminando em casa, com o vizinho ou com o colega de quarto.  O somatório dos minutos culminam, no fim do dia, num sentimento de exaustão em que a burrice alheia, os absurdos ouvidos e as palavras não ditam simplesmente tiram a paciência, muito embora a aparência seja de mar navegável. Certos dias como esses saltam aos olhos a pequenez dos invejosos, a inconveniência dos falatrões e a aberração de uma sociedade composta de gente que tem medo de água e de banhos, da verdade e de deuses distantes. Há que premiar quem suporta, sem reclamar, a bestialidade desses dias - sempre seguidos pela incerteza do que virá no próximo. E há que se dizer, a todos os que cruzam palavras com at...

A professora decadente

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Foto: Açude do Goiti. Foto da Internet Outro dia ouvi a interessante história de uma professora desesperada por atenção que pagou pelo afeto e apoio dos seus alunos. Segundo relato fidedigno, a desesperada professora desembolsou R$ 400,00 para pagar a festa junina dos seus amados alunos, muito embora esse amor todo não fosse recíproco. A festa junina, em um conhecidíssimo bar de Palmeira dos Índios, ocorreu com a sua presença – uma mulher de trinta anos que ainda quer ser o encanto dos rapazes de dezessete. Servindo como financiadora da bebedeira de menores e maiores de idade e sendo a chacota icônica de toda a juventude, a professora acreditava que estava sendo apenas cool – um ledo engano que ela perpetua em sua mente ingênua. Os relatos da festa incluíram as risadas sobre a corrupta docente que tentava trocar dinheiro, bebida e festas pelo apoio incondicional de alunos e colegas de trabalho. O ridículo da situação assentava-se ainda, em ação contínua, no fato de que os p...

Feira de Ciências

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A V Feira de Ciências da FAPITEC/SE vem aí de novo, em mais um ano, com o árduo e desnecessário trabalho de tentar levar a "ciência" para o povo. E esse ano vai ser dentro da UFS - e ninguém me convença que é por causa da crise se o que mais parece é falta de gerência. Essa Feira de Ciências mostra muitas coisas importantes sobre o que se faz de útil na UFS, Universidades e escolas públicas e privadas. Se você perder seu tempo visitando os projetos pibic, pibex (pibix) e pibid (se aparecer algum) vai se deparar com uma realidade estranha: alunos do ensino fundamental e médio, sem recurso financeiros (ou co baixos recursos) desenvolvem equipamentos e técnica, para uso no campo ou na cidade, que deixam os projetos universitários da UFS no chinelo. Um exemplo é a robótica dos alunos das escolas que desenvolvem utilidades com materiais baratos e que usam lógica de programação, e a cada ano evoluem mais, enquanto que na UFS o máximo que o grupo de robótica consegue fazer é u...

Vamos falar sobre essas férias (greve)

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Em 2012 a promessa era de o mundo acabar em várias catástrofes onde todo o conhecimento, o avanço tecnológico e cultural da humanidade seriam dizimados, junto com toda a espécie humana. Isso, para decepção de alguns poucos pessimistas e fatalistas, não aconteceu. A Segunda Vinda também não e a Igreja (independente da denominação) pôde dormir em paz sabendo que seus pecados estariam, por mais algum tempo, seguros da terrível ira/justiça divina - que parece não saber tudo, segundo dizem nos púlpitos. O que ocorreu, e de forma desastrosa, foi uma greve nas Universidades e Institutos Federais - como sempre exigindo uma autonomia, um reajuste salarial e, em último tópico, melhoria na infraestrutura.  Meses depois o Governo Federal calou os docentes com uma porcentagem diminuta, parcelada e um chute na bunda para voltar ao trabalho - sem barulho e feliz pela migalha. Foi nessa ocasião que o Andes-SN sofreu uma cisão e surgiu outro sindicato. Igual ao primeiro, mas disposto a ceder se...

Cienart 2014

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A Feira Estadual de Ciências, Tecnologia e Artes de Sergipe – Cienart - está com inscrições abertas para submissão de trabalhos até o dia 31 de julho. Podem participar professores e estudantes da Rede Pública (estadual, municipal e federal) e particular de Sergipe. A Cienart está no seu terceiro ano e segue em uma linha de sucesso na promoção da Ciência, Arte e Tecnologia; no incentivo à inovação; na valorização dos docentes e na criação de um ambiente propício para a criação de ambientes incentivadores em todas as escolas. Em 2014, as Oficinas da Feira, com o apoio da Secretaria de Estado da Educação de Sergipe  - SEED – percorreu as Diretorias Regionais de Educação orientando e incentivando os docentes em fazer e promover a ciência. As informações importantes bem como mais detalhes podem ser encontradas no site da Cienart ou em sua página no Facebook. Site

Os balidos da ADUFS: greve de novo

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Deve existir, em alguma gaveta de armário de aço em uma sala qualquer, um cronograma simétrico onde estão registrados números específicos em que acontecerão greves e atos de repúdio à ordem instituída. E, mais uma vez, a Universidade Federal de Sergipe começa uma greve, sem sentido, sem razões, sem noções de bem comum. A vez agora foi dos docentes, que resolveram deflagrar um movimento um tanto suspeito. Didática 01 interditada -UFS A dez dias de chegar ao meio do período letivo, atraso pelo ato docente de 2012 e pela acumulativa greve do SINTUFS de 2014, a greve começa com portas de didáticas fechadas e o esvaziamento da Universidade “pelo bem da comunidade acadêmica”. Ora, pelo bem dos jogos da Copa; pelo bem do aproveitamento das festas juninas; pelo bem de mais um período de férias no meio do ano; jamais pelo bem comum. A pauta de reivindicação é tão obscura quanto uma nebulosa vista de um observatório sob as nuvens. Os discentes, aqueles que apoiam, têm tanta convi...

Sem apoio aos Professores

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A educação é sempre pauta numa terra em que os docentes não têm culpa de nada, os pais são ausentes das escolas [públicas na maioria dos casos] e o povo tem ideias duvidosas quanto aos conceitos de “manifesto” e “correto”. E a “pauta educativa” é indicativo de greve, forçada, indecente, sem motivos suficientes para convencer a sociedade que realmente pensa. Amanhã os Institutos e Universidade Federais decidirão pelo futuro de uma paralisação em que os beneficiados são uma minoria [que ironia].  Servidores que não desempenham eficazmente suas atribuições, protela e rechaça seu dever enquanto agente público e professores que são incapazes de desenvolver uma metodologia minimamente eficiente para promover o conhecimento são os primeiros a levantarem o braço em uma Assembleia onde só “inocentes” estão presentes para lutar pelo bem da educação brasileira. À parte as amenidades e frivolidades de umas categorias que olham apenas para o próprio umbigo, jamais para seu estatuto e dev...

Estrelas da academia

O mundo acadêmico é repleto de indivíduos que brigam por um lápis, um giz ou uma folha. E não estou falado de discentes. A glória, criada e cultivada na imaginação de cada comunidade é suficiente para fazer com que haja brigas – por motivos banais – e discussões insólitas para quem acreditar ser um espaço ao sol – que sempre está ocupado e que necessita de discussões vergonhosas para ser conquistado. Não é difícil entender a razão pela qual muitos docentes acabam no psiquiatra – aqueles que podem pagar, é claro – ou em uma sepultura, assassinados ou por colegas ou por alunos, seja direta ou indiretamente. É muito estresse para pouquíssimas glória ilusória. De repente, se as loucuras para suprir essa necessidade de pseudo-glória e as carências individuais fossem resolvidas fora do ambiente de trabalho poderia ser possível que existisse certa normalidade. As manifestações dos distúrbios acadêmicos são diversos e notados sempre por aqueles menos “avuados”. E, no fim das contas, pre...

Mais uma Greve Geral

Estava analisando a tal da Greve Geral que pretende parar o País nessa quinta-feira, do ponto de vista prático. Mas não tem nada prático. A classe dos docentes, das Universidades Federais, não apoiaram as manifestações passadas. As demais também não. E agora forçam todos a parar como se isso fosse um desejo geral. Convenhamos, existe muita gente reclamando de “barriga cheia”. Alguns serviços, se não pararem por completo, irão ter suas atividades inutilizadas. Outros, que já são deficitários pela incompetência habitual, nem terão sua ausência tão notada assim. Por outro lado, essa tal Greve Geral é apenas para que digam que as manifestações passadas são ou apoiadas ou fruto da insatisfação dessas classes que se mantiveram omissas e alheias enquanto o povo, principalmente os estudantes, lutavam por melhorias na Educação, Segurança, Transporte e outros. Greve Geral... talvez fosse melhor dizer comodismo geral e partidário cujo único objetivo são as eleições do ano que vem; ou, quand...

Docentes sem cultura

Observando as movimentações de certo grupo de indivíduos, comecei a acreditar firmemente que falta a boa parte dos docentes dos ensinos fundamental e médio cultura e conhecimentos gerais. Falta estilo pessoal. Falta ousadia para pensar e falar. Falta uma formação que prepare o profissional para o universo de possibilidades que surge à sua frente no decorrer de sua atuação. Falta a latência da cultura que produzimos e reproduzimos; e isso é o pior. Um docente sem cultura é uma das piores coisas que pode acontecer aos jovens em formação e à sociedade, pois é uma parte fundamental que faltará para todas as posteriores gerações de profissionais que atuarão nos mais diversos ramos da economia. Sem cultura, um professor é incapaz de promover uma educação adequada, ainda que seus meios de trabalho sejam escassos. A mente nunca será insuficiente enquanto ela estiver ligada ao fomento e à disseminação da cultura. Assim, entende-se por cultura, entre outros entendimentos, o ato de ler, qual...

Educação e Política: Juntas mostram GREVE

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Enquanto inúmeros cidadãos brincam de política , os representantes de uma das classes mais expressivas do país, os docentes , estão em uma verdadeira batalha para ocupar o ranking de ou mais estúpido ou mais inteligente, nessa luta contra a “desvalorização do trabalho docente”. A greve na educação brasileira, na esfera federal, os Institutos e Universidades Federais estão abandonados ao acaso e os discentes estão vagando, aqueles que não possuem outros compromissos. E a classe trabalhadora? Essa está dividida, esfacelando-se a cada ataque do Governo. Ao que parece, os períodos letivos serão abortados nas Universidades, pelo menos daqueles inocentes que não se precaveram, e os Institutos têm o ensino técnico e Superior amplamente prejudicado – afinal, já são duas greves praticamente seguidas. Agosto chegou e o que se vê, na Universidade Federal de Sergipe, por exemplo, é um verdadeiro túmulo educacional, onde ninguém pode aprender sem esbarrar em um entrave ou outro imp...

Greve Geral

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Deflagrou-se a segunda greve nas Universidades Federais e dessa vez os Institutos Federais também aderiram. As reivindicações são sempre as mesmas, pode até mudar um tópico ou outro, mudar a nomenclatura de um termo qualquer. Mas tudo é igual, sempre. Nas Universidades Federais a greve dos docentes começou em maio e ainda faz escorrer o tempo dos alunos pelo ralo. E qual o interesse dos discentes em uma greve alheia? Evidentemente, nenhuma. Aliás, quando tudo vai dar errado ou quando os grevistas conseguem uma vitória meio fracassada, como tem ocorrido nas últimas greves de setores diferentes, são os alunos que acaba pagando a conta de um governo inflexível ou de uma classe que se diz injustiçada. Injustiças e justiça são elementos que a docência parece nunca entender o significado. Os que servem ao Governo Federal sempre reclamam de uma mesquinhez ou outra, quase nunca a reivindicação é plausível. Reclamam de melhores condições de trabalho, valorização, planos de carreira e...