Nota pandêmica

Vídeo: briga na porta da agência da CAIXA, em Aracaju-SE.


Não é só a pandemia. 
Vivemos um momento em que a ignorância e os achismos são tão grandes que suplantam o bom senso e o mínimo de civilidade que julgávamos ter adquirido com a deficiente educação fornecida pelos sistemas público e privado.
A pandemia, advinda em boa hora, apenas revela o que a hipocrisia nossa de cada dia esconde sob camadas de pseudos princípios religiosos e morais.
Traduzida em notícias falsas e tendenciosas, a ignorância tem feito reféns aos borbotões. E acompanha da violência, apimenta ainda mais as relações humanas.
Na Paraíba, por não conseguir receber, por diversas razões, o auxílio emergencial disponibilizado, quase sob coação do Congresso, pelo governo federal um homem destruiu a fachada vítrea de umas agências da CAIXA. Em Palmeira dos Índios, no agreste de Alagoas, as pessoas aglomeram-se nas portas dos bancos em busca desse auxílio, colocando em risco a própria vida - seja pela exposição ao vírus, seja pela facilidade de assaltos e golpes. 
Em Aracaju, no quase esquecido e não menos pacífico estado de Sergipe, dois homens envolveram-se em um ataque corporal mútuo (vídeo acima). O motivo? Só os Desuses saberiam explicitar. 
O fato é que onde estiver aglomeração de pessoas e dinheiro envolvido na relação interpessoal é quase certo de acabar em confusão. E acaba.
A pandemia veio para ser a doença da moda - ninguém aguentava mais a conversa de depressão para lá e ansiedade para cá. Tinha ainda o conjunto de doenças provocadas pelo aedes aegypti e que ficaram tão démodé como as doenças sexualmente transmissíveis.
As pessoas, como sempre, assumiram o papel de bobo da corte política e midiática onde apenas o poder é protagonista.
O resto são só aplausos e vaias.




___________
Acesse e leia:

Anjo da Guarda (Amazon)

Jasmin (Amazon)

Pavilhão do Vizir (Amazon)

Friendzone (Wattpad)
Áspide (Wattpad)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Reunião de faces

Maníaco do Parque: entre o personagem e o homem

Nada além do que virá