A páscoa do MESSIAS

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A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) parece ter surgido em boa hora! Na hora exata em que a maioria dos brasileiros, não os mais sensatos, escolheu um novo Messias para "tirar o país das garras da corrupção e do inimigo de toda a retidão". O problema é que, ao contrário do outro Messias, que morreu crucificado e humilhado, fundando a fé cristã, o Messias brasileiro e moderno possui a ausência de todas as qualidades do Outro, embora tenha tido a ideia de se tornar mártir por meio de uma facada nunca explicada transparentemente.
O Messias brasileiro demorou bem mais que três ordinários dias para ressuscitar depois que a faca cortou-lhe os bofes, embora tenha incrementado a horda de seguidores e tenha disseminado, até esse domingo de Páscoa, noticias falsas, falácias e ódios por onde quer que passe. Ao contrário do Messias do Oriente, o Messias brasileiro ataca o próprio berço, revolta-se contra o próprio pai - o Partido - e ofende até mesmo aquele doce espírito que o reconhece como ser vivente - o Exército Brasileiro. Joga seu próprio povo em uma caminhada de 40 dias à morte por meio do contágio do novo coronavírus, visto que os métodos que começava a adotar não podem mais ser usados dada a recente ineficiência.
Esse Messias brasileiro, apoiado por religiosos de diversas denominações (do catolicismo aos neopentecostais) recebe a bênção de líderes religiosos que normalmente vivem em pé de guerra na constante batalha por fiéis e pelo dinheiro que estes podem sacrificar a "Deus".  E conseguiu emergir fanáticos, no sentido mais estrito da palavra.
Não será estranho que a Páscoa em terras brasileiras passe a glorificar Jair MESSIAS Bolsonaro como o próprio Senhor, tão longamente descrito na Bíblia e no Livro de Mórmon. Porque, em terras tão insanas e perdidas como o Brasil, não é estranho que um dia se descubra que a demência é o estado normal do povo, de todo ele. 



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