O opróbrio dos homens

Foto: arquivo pessoal. Rafael Rodrigo Marajá . 


"(...) não temais o opróbrio dos homens, nem vos turbeis pelas suas injúrias."
                                        (Isaías 51:7)



Aprendemos  a julgar antes mesmo de comungar e com muito orgulho levantamos a bandeira da segregação dentro e fora das paredes da Igreja. Separamo-nos por cores, por status social e pela indumentária domingueira.
Fomos acostumados a ser o chicote da vergonha que ricocheteia e marca o rosto daqueles que deviam ser nossos irmãos, de sangue e por adoção cristã.
E esse treinamento sórdido começa em casa e complementa-se, não raro, nos ensinamentos doutrinários da religião.
No fim, tornamo-nos o que a Providência detesta e abomina, fingindo uma religiosidade que jamais existiu. Tornamo-nos verdadeiras máquinas de cinismo e gloriosas vitórias daquele a quem chamam de "inimigo". E por mais que se pense que não é assim a simples reposta para a indagação "Eu já julguei ou maltratei alguém?" é o suficiente para iniciar a jornada de descoberta e revelação ora descrita.
Nossas injúrias resistirão enquanto resistirmos em nossa hipócrita cristandade. Nossa pseudo-salvação será a ilusão de todos os domingos enquanto não nos convertermos àquele a quem dizemos seguir.

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