Postagens

Mostrando postagens com o rótulo hipocrisia

O opróbrio dos homens

Imagem
Foto: arquivo pessoal. Rafael Rodrigo Marajá .  "(...) não temais o opróbrio dos homens, nem vos turbeis pelas suas injúrias."                                         (Isaías 51:7) Aprendemos  a julgar antes mesmo de comungar e com muito orgulho levantamos a bandeira da segregação dentro e fora das paredes da Igreja. Separamo-nos por cores, por status social e pela indumentária domingueira. Fomos acostumados a ser o chicote da vergonha que ricocheteia e marca o rosto daqueles que deviam ser nossos irmãos, de sangue e por adoção cristã. E esse treinamento sórdido começa em casa e complementa-se, não raro, nos ensinamentos doutrinários da religião. No fim, tornamo-nos o que a Providência detesta e abomina, fingindo uma religiosidade que jamais existiu. Tornamo-nos verdadeiras máquinas de cinismo e gloriosas vitórias daquele a quem chamam de "inimigo". ...

Um cínico diferente

Imagem
Fotografia: Two Pupils in Greek Dress. Thomas Eakins. 1883. Metmuseum. Que coragem teve Quincas para se libertar! Quantos de nós seguimos a cartilha, competentemente sendo o molambo do querer alheio, sem nunca ter a coragem de largar tudo e ir em busca daquilo que realmente quer e gosta? Sendo perfeitos modelos daquilo que foi pré-determinado por alguém em algum lugar em um tempo muito distante, buscamos a estabilidade no emprego, o carro mais confortável, a casa que mais agrada aos olhos dos outros e a aparência e o comportamento que mais sacia aos sentimentos de uma sociedade cínica. A busca acaba se mostrando inútil. Sempre acaba assim. Então imagine que elogio ser dito como "diferente" ou "estranho" em uma sociedade que não sabe ser nada além de pré-moldados. Ser diferente entre escravocetas é não sucumbir à triste realidade da indignidade masculina. Ser estranho em uma sociedade hipócrita é a mais deliciosa sensação - o equilíbrio perfeito entre o...

Do Carnaval

Imagem
Foto; Página Jesus Manero As pessoas, principalmente os hipócritas e os metidos a crentes na palavra de um Deus inseguro, confundem o Carnaval com depravação; brincadeira de rua com marginalização dos brincantes. Que fique claro: não é por que as festividades são na rua que é depravada e marginal. Isso é visão de preconceituoso.  Evidentemente que essa maneira de ver a festa de momo tem uma razão, ou várias. Seja os elevados de Salvador transformados em banheiro, seja o concreto carioca corroído pela urina, sempre há uma razão. E se nos voltarmos para as cidades pequenas, onde os blocos de rua, na maioria das vezes deprimentes e que só repetem as músicas da moda de dois verões passados, veremos não só os homens abrindo as calças - as mulheres procuram a nada discreta proteção dos carros estacionados ou de moitas, seja onde for, para aliviar toda a cerveja ingerida no percurso - que nem é tão grande assim,  Chego a conclusão de que nem é o aperto fisiológico. É mai...