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"Benfeitores" divinos

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Arte: Christ in the Garden Olives. Eugène Delacroix. MET. Não é raro que benfeitores apareçam de todos os lados, cada um querendo o bem e cheios de interesses não-tão ocultos assim. Uns usam a Bíblia e seus versículos inaplicáveis do Velho Testamento, outros usam O Livro de Mórmon e ainda há aqueles que lançam mão apenas de "bons sentimentos" para manipular o outro na direção que desejam. Quando isso não funciona, restam ameaças veladas e um punhado de argumentos incisivos e intimidadores. O que esses benfeitores não aceitam, além de uma recusa simples e indiscutível, é que o ser em manipulação não ceda a argumentos, ameaças religiosas ou físicas e continue na paz e na tranquilidade que tanto são atacadas. Os candidatos a manipulação não só precisam ficar atentos como também firmes em seus princípios. Não ceder, nem por piedade, foge aos conceitos de "orgulho" e "amor próprio" porque a questão concentra-se em que se é e em quem quer se tornar. ...

Passado o tempo

"(...) entre todos os seus amantes ela não tem quem a console; todos os seus amigos se houveram traiçoeiramente com ela, se lhe tornaram inimigos."                       - Lamentações 1:2 No drama do início da adolescência,  quando ainda crê dominar a arte da aplicação do conhecimento e que possui a reflexão profunda dos budistas, troca um amor, incipiente, frágil,  efêmero até,  pela certeza do amor amistoso de amigos que se dizem para a vida toda. E mesmo sentindo o que a opinião alheia ignora, segue em frente, seguindo os passos de indivíduos mais problemáticos para, quem sabe um dia, merecer mais que um olhar de pena ou indulgência. Crer não merecer o amor que outros desconhecem a existência. Crer que a maturidade existente,  se há maturidade antes dos 30 ano...

O opróbrio dos homens

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Foto: arquivo pessoal. Rafael Rodrigo Marajá .  "(...) não temais o opróbrio dos homens, nem vos turbeis pelas suas injúrias."                                         (Isaías 51:7) Aprendemos  a julgar antes mesmo de comungar e com muito orgulho levantamos a bandeira da segregação dentro e fora das paredes da Igreja. Separamo-nos por cores, por status social e pela indumentária domingueira. Fomos acostumados a ser o chicote da vergonha que ricocheteia e marca o rosto daqueles que deviam ser nossos irmãos, de sangue e por adoção cristã. E esse treinamento sórdido começa em casa e complementa-se, não raro, nos ensinamentos doutrinários da religião. No fim, tornamo-nos o que a Providência detesta e abomina, fingindo uma religiosidade que jamais existiu. Tornamo-nos verdadeiras máquinas de cinismo e gloriosas vitórias daquele a quem chamam de "inimigo". ...

O valor das coisas

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Arte: Gabriela Santos. " (...) o meu intento é que o Todo-Poderoso  me responda (...)."                                                (Jó 31:35) Passamos anos acumulando riquezas, de maior e menor valor, tangível e intangível, para que um dia partamos e deixemos tudo para as traças, para os ingratos ou para os fiscais do governo. Isso é uma certeza absoluta. É o que a morte encerra em si. E, quando estamos vivos, saudáveis,  choramos quando precisamos vender ou nos desfazer de algum dos bens que consideramos valiosos. Choramos e lamentamos pela perda. Mas o quê perdemos? Objetos são apenas objetos e o seu valor, por mais valiosos que possam parecer, sao apenas elementos cuja futilidade não ultrapassa a barreira do tempo ou da utilidade. É preciso que entendamos, da boca para dentro, que o mais importante é o aprendizado e...