Misturas de conhecimentos

Quando digo que gosto de ouvir MC Catra, Valesca Popozuda, Leoni, Nando Reis, Vinicius de Moraes, Tom Jobim, Legião Urbana, O Rappa, Ana Carolina... as pessoas têm a reação mista esperada de surpresa e constrangimento como se ouvir apenas um estilo musical fosse o suficiente para alimentar a criatividade e saciar os insigths necessários para boas ideias. 
Sim, funk, pop, rock, forró e os demais estilos são capazes de dar boas ideias para as mais diferentes situações. E ideias sem precedentes!
O problema é que as pessoas acostumaram-se às limitações que se autoimpuseram e acabam sendo vítimas de suas próprias restrições. Acabam por ser medíocres e sem criatividade, sem assunto para qualquer hora e sem visão. Acabam sem imaginação, o que é ainda pior.
E se fosse só na música isso seria razoável. Porém se estende à literatura, aos estudos acadêmicos e à cultura geral. O resultado imediato é um conhecimento adquirido pobre e sem muitas aplicações, limitado desde a gênese.
Pouco importa-me as histerias coletivas e os escândalos que acabo provocando, sem querer, nos indivíduos, limitantes, que existem por aí. 
Junto as melodias do Tom Jobim com o suspense da Agatha Christie; o Clube das Mulheres contra o Crime, de James Patterson, com o som de O Rappa; a voz incrível da Ana Carolina em sambas já interpretados pela Maria Rita em romances de Nicholas Sparks; Leoni e seus verões sentimentais com cálculos de James Stwart, a geometria analítica de Paulo Winterle e a Casa Grande e Senzala. E vou misturando músicas, melodias e letras e no fim existe mais batidas, poesias e conhecimento que qualquer tipo inflexível de estilo pode oferecer.
Se as pessoas limitadas se ofendem...bem, problema delas. A vida com as misturas e loucuras é muito mais interessante, seja onde for, com quem for. 



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Reunião de faces

Maníaco do Parque: entre o personagem e o homem

Nada além do que virá