Segunda virtual

Vivemos uma época de transição, e nem todos se dão conta disso, entre a ampla utilização de recursos tecnológicos e virtuais para trabalhar e estudar (e não só para socializar) e o tradicionalismo onde a burocracia, os estudos e o trabalho insistem em não receber ajudar do mundo on line. Esse emprego do mundo virtual e do hardware necessário para esse acesso torna-se mais evidente quando a energia acaba ou o usuário viaja para uma localidade onde a conectividade não seja minimamente boa.  E apesar de o Brasil ser um país em desenvolvimento, onde a conexão com a internet é cara e muitas vezes precária, é notório que a educação à distância e o home office estão cada vez mais ganhando espaço, no setor público e privado, ainda que os trabalhadores/usuários não se deem conta disso.
Reclamamos da segunda-feira e não notamos que desde o domingo trabalhamos, em casa, na praia ou em viagem, para adiantar o trabalho da semana ou por em dia o trabalho acumulado. E quando fazemos isso estamos desenvolvendo a habilidade do home office. É intuitivo.
A segunda-feira começa e entre os jornais da manhã, no rádio e na televisão, acompanhamos as notícias do mundo pela tela do celular através de aplicativos dos grandes veículos de comunicação como a Reuters, The Economist, The New York Times, The Guardian ou Le Monde. E quando curtimos e compartilhamos as manchetes no Facebook ou retuitamos estamos tornando obsoletos os telejornais da tarde e os comentários dos programas matinais. Estamos caminhando com a mesma velocidade da notícia, de fato, em tempo real.
Tenhamos conhecimento ou não da mudança dos nossos hábitos, o fato concreto é que a tradição de reclamar da segunda-feira é meramente ilustrativo para o nosso medo de mudanças. O mundo virtual é latente e estamos com um pé no mundo físico e os dedos no mundo virtual.

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