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Mostrando postagens com o rótulo Agatha Christie

Os Quatro Grandes

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Em Os Quatro Grandes o leitor se deparará com uma nova forma de crime, ao menos com o plano de fundo e audácia naturais o romance policial. Agatha Christie antecipa em décadas o que James Patterson pretendeu em O dia da Caça – uma intriga criminosa internacional capaz de abalar os pilares das sociedades democráticas, independente do regime. Agatha Christie, literalmente, resgata os mortos e faz de Hercule Poirot, mais um vez, um ícone da inteligência e do romance policial. No entanto, nem tudo são flores. A leitura chega a ser chata e entediante quando se trata do ego de Poirot no caso dos quatro grandes. O que revela, mais uma vez, a genialidade da autora ao criar um personagem dotado não só de vida própria como de todo o subjetivismo natural aos seres humanos reais. A trama de Os Quatro Grandes envolve as maiores mentes da época, da ciência, dos negócios da praticidade e da manipulação política, nos Estados Unidos da América, na Inglaterra, na França e na China. Com uma...

Misturas de conhecimentos

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Quando digo que gosto de ouvir MC Catra, Valesca Popozuda, Leoni, Nando Reis, Vinicius de Moraes, Tom Jobim, Legião Urbana, O Rappa, Ana Carolina... as pessoas têm a reação mista esperada de surpresa e constrangimento como se ouvir apenas um estilo musical fosse o suficiente para alimentar a criatividade e saciar os insigths necessários para boas ideias.  Sim, funk, pop, rock, forró e os demais estilos são capazes de dar boas ideias para as mais diferentes situações. E ideias sem precedentes! O problema é que as pessoas acostumaram-se às limitações que se autoimpuseram e acabam sendo vítimas de suas próprias restrições. Acabam por ser medíocres e sem criatividade, sem assunto para qualquer hora e sem visão. Acabam sem imaginação, o que é ainda pior. E se fosse só na música isso seria razoável. Porém se estende à literatura, aos estudos acadêmicos e à cultura geral. O resultado imediato é um conhecimento adquirido pobre e sem muitas aplicações, limitado desde a gênese. Pou...

Punição para a inocência

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Até onde vai a conveniência na elucidação de um crime? O que estamos dispostos a fazer por "amor"? Como matar? Em Punição para a inocência a Rainha do Crime envolve o universo familiar  em uma trama criminosa em que o "melhor para todos" foi a  acusação do problemático Jacko. Entretanto, Jacko morre na prisão e uma testemunha surge de repente para bagunçar as certezas e os sentimentos de todos os envolvidos. O Dr. Calgari é a testemunha chave capaz de inocentar Jacko e que, por uma sucessão de acasos e coincidências, acaba ficando fora da realidade por tempo suficiente para tornar os eventos irremediáveis. Porém, busca a verdade e descobre, além desta, um amor. Os envolvidos - filhos adotados pela vítima, a sra Argyle, que, cada um com seus medos e ambições, não conseguem sentir amor ou afetividades pela assassinada; um marido relegado à passividade de uma posição social; uma secretária que ama o patrão; uma gorvernanta misteriosa - não conseguem...

A verdade sobre o caso Harry Quebert

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Jovem, bonita, simpática, risonha. Um exemplo a ser seguido entre a juventude de Aurora. Um escritor renomado, astro de New York, é a promessa de uma vida diferente para as solteiras do interior e o chamariz para a audiência nacional. Harry Quebert é o escritor que, na casa dos trinta anos, conhece a bela e risonha Nola, de quinze anos, e que desencadeia uma paixão ilimitada, pelo menos para uma das partes envolvidas. De repente, em 30 de agosto de 1975, Nola desaparece ao ser perseguida por um homem. Harry é o principal suspeito. A polícia, no entanto, não o coloca na mira do julgamento da sociedade e da Justiça. O tempo é cruel e Harry faz sucesso com As Origens do Mal e Nola nunca aparece. Até que... seu corpo é encontrado por jardineiros próximo à varanda de Harry. De escritor de sucesso passa a ser criminoso. A verdade sobre o caso Harry Quebert é uma obra de Dicker, premiada e elogiadíssima pela crítica internacional. Não é um livro à Agatha Christie, embora sej...

O Caso do Hotel Bertram

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A vida, por vezes, pode parecer uma encenação, uma obra de arte milimetricamente produzida para enganar, outrem ou a si – depende do objetivo. E enganar é criminosamente detalhado no Hotel Bertram. Crimes espetaculares, fortuna fortuita, criminosos em corpos de artistas e enganos tornaram Londres a pior cidade inglesa, tornando a vida dos detetives da Scotland Yard um amontoado de casos se solução. Capa da Obra É assim que Agatha Christie traduz mais uma verdade universal, que anos mais tarde Jorge Amado também registraria em seus singularíssimos livros: a velhotas olham a vida de todo mundo, ouvem a conversa dos casais e tudo sob a desculpa de que “isso é feio” e que foi “sem querer”. Miss Marple, a encarnação dessas velhinhas “simpáticas” ajuda a desvendar O Caso do Hotel Bertram e a intrincada trama de crimes que fazem os detetives patinhos no nevoeiro londrino. Christie, nesse seu outro personagem revela a imensa capacidade de ambientar seus enredos em fatos e verdad...

Luz e esquecimento

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View of Toledo. El Greco. (Greek, Iráklion(Candia) 1540/41-1614 Toledo) A luz e a escuridão são as principais colunas que sustentam dogmas religiosos, crimes, teorias sobre o bem e o mal, o lado bom e o lado ruim do homem, objetos e animais. E tudo o que o homem não entende ele demoniza e relega ao lado escuro de um mundo que só existe na cabeça meramente bipolar onde a religião habita com predominância. Então um dia, lendo uma das maiores autoras de todos os tempos, deparei-me com o conto Enquanto houver luz , de Agatha Christie. Com uma sensibilidade impressionante e tratando da relação desencontrada daquilo que pode ser descrito como um triângulo amoroso, Christie revela a principal causa que norteia dezenas de relacionamentos: o medo da pobreza e a incapacidade de enfrentar os medos de frente. O amor entre duas pessoas pode ser algo que ganhe dimensões exorbitantes e ultrapassar a lógica justificando-se nas insanidades cometidas “por amor”. Nesse conto é possível perceb...

O Misterioso caso de Styles

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O maior dom no mundo da criminalidade é fazer um crime perfeito. E com perfeito não significa necessariamente que seja um crime sem autoria; com perfeito quer dizer que o crime foi executado de forma esplendorosa e os autores saíram ilesos – pode ocorrer de em um crime perfeito o autor ser pego e o ato ainda manter a perfeição. De crime para crime a perfeição varia e adéqua-se à realidade. 1º livro publicado de Christie No mundo do crime literário um nome destaca-se mais que os demais: Agatha Christie, a Rainha do Crime, que escreveu a base para toda e qualquer forma de cometer delitos, e de desvendá-los. Em mais de oitenta trabalhos a Rainha do Crime mostrou sua sagacidade e capacidade imaginativa. Em O Misterioso caso de Styles o mundo conheceu pela primeira vez o detetive Hercule Poirot, que mergulha no intrincado mundo dos Cavendish e desvenda a morte da velha senhora. Uma morte que possui diversas motivações, inúmeras formas de execução e executores problemáticos. ...