Novas Profissões




As formas de ver o mundo mudaram. A ciência e a tecnologia descobriram maneiras melhores de produzir bens, duráveis ou não, e a humanidade deixou de se preocupar com lendas urbanas e passou a preocupar-se em não esquecer o carregador do computadores portáteis e smartphones. O mercado de trabalho tornou-se maior enquanto a tecnologia difundia-se e os pobres ascendiam ao nível de portador de eletroeletrônicos da moda e, apesar do poder de informar-se e formar-se nas mais diversas áreas do conhecimento, muitas delas novas, continuamos enfrentando o pensamento inflexível, por parte de uma parcela razoável da população, de que o trabalho, para ser de fato um trabalho, precisa provocar calos nas mãos e ser desenvolvido sob o sol ardente dos trópicos. 
A tradição de o trabalho ser árduo, nocivo e  extremamente danoso ao corpo humano leva-nos a ouvir pais repreendendo filhos por escolherem profissões modernas como web designers, social media e blogueiro; ou por escolherem profissões fora do eixo engenharia-medicina-direito como publicidade e propaganda e jornalismo. A tradição perde lugar para o novo, para um mercado que exige profissionais nas mais diferentes áreas, e que antes não existiam. Essa novidade que pertence à geração Y não pode ser podada nem repreendida, apenas respeitada e, na medida do possível, compreendida.
Habitamos uma aldeia global e se as fronteiras territoriais passaram a ser um mero detalhe então por que nos restringiríamos a meros rótulos empregatícios?
Nesse dia do trabalhador precisamos refletir sobre os conceitos de trabalho e profissão; saber o que nos dá prazer no trabalho e reconhecer que é uma infinitude de profissionais de ocupações novas, surgidas com as necessidades da era digital, que nos garante celulares modernos, conexão coma internet, sites pornos legais, inscrições de concursos públicos via internet e informação gratuita na WEB. É preciso, mais que lutar por reajustes salarias e "autonomia", aprender  lidar com o mercado de trabalho mutante e com os profissionais que se fazem necessários. 
Caso contrário será você, caro engenheiro-professor-médico-advogado que ficará para trás, em uma era passada, sem saber em que o mundo está se transformando. E pior, sem sua participação.


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