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Mostrando postagens com o rótulo Nando Reis

Apologia ao crime da vagareza

O Leoni vive cantando, lá no Youtube, que depois de carro e grana o futuro é andar a pé, mas continuar a andar. O Frejat tem aquela história de escolher um amor bom, daqueles para a vida toda. E o Nando Reis sabe de tantas coisas sobre Espatódea que acabou fazendo Sei. Daí, o que resta para os pobres mortais sem voz e sem imaginação poética? Sim, porque amor é aquela fantasia que alguns vivem por um tempo e que acaba caindo no abismo da perdição do ciúme (embora exista aqueles que o tempo de vida do amor é tão longo que a vida na terra é curta para tanto - e sim, existe); a poesia das pequenas nem sempre pode ser vista e a descrição, em melodia, palavras ou atos acabou sendo elitizada por todos os que dominam "a técnica e os padrões" (ressalvadas as exceções). E quando equalizamos os dois lados de reagentes acabamos vitimados de conceitos e estereótipos. O amor, esse monstro vendido nas livrarias sob títulos melosos ou em lojas de souvenires, é aquele detalhe que esc...

Misturas de conhecimentos

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Quando digo que gosto de ouvir MC Catra, Valesca Popozuda, Leoni, Nando Reis, Vinicius de Moraes, Tom Jobim, Legião Urbana, O Rappa, Ana Carolina... as pessoas têm a reação mista esperada de surpresa e constrangimento como se ouvir apenas um estilo musical fosse o suficiente para alimentar a criatividade e saciar os insigths necessários para boas ideias.  Sim, funk, pop, rock, forró e os demais estilos são capazes de dar boas ideias para as mais diferentes situações. E ideias sem precedentes! O problema é que as pessoas acostumaram-se às limitações que se autoimpuseram e acabam sendo vítimas de suas próprias restrições. Acabam por ser medíocres e sem criatividade, sem assunto para qualquer hora e sem visão. Acabam sem imaginação, o que é ainda pior. E se fosse só na música isso seria razoável. Porém se estende à literatura, aos estudos acadêmicos e à cultura geral. O resultado imediato é um conhecimento adquirido pobre e sem muitas aplicações, limitado desde a gênese. Pou...

A Lembrança

Vez ou outra tem o prazer de lembrar-se de alguma coisa que já vivemos intensamente e que, no fim, algo deu errado e uma matilha de gente saiu em gargalhadas e outra em um tal desconsolo que perseguiu o espírito de um ou outro por um certo tempo. Nesse espaço temporal, onde quase tudo acontece, a mente vai de 0 a 380km/h e os pensamentos tendem a ser desconexos, surreais, cujas atitudes consequentes são sempre algo que certamente não muda a experiência vivida, mas que altera a natureza do ser em questão. Lembrar-se de algo, ou alguém, pode ser danoso, ao mesmo tempo em que é reconfortante, animador, triste, alegre, pode ser dolorido, nostálgico demais para caber no relógio, no calendário marcado dos dias que passam sem que se perceba que a expulsão de alguém, ou algo, da frente das vistas é algo tão trabalhoso quanto iniciar a Terceira Guerra dentro de um corpo que não passa de 3m e não inferior a 0,50m, apontando armas para além da fronteira epidérmica. E, mesmo assim, é compensad...

A tirania do calendário

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As datas não mentem. Elas são mudas, surdas, mas não cegas, não esquecidas, nãos insanas. A numerologia do calendário guarda a corrente vital que passa por nós e leva entes, ela, ele, nós, vós, aquilo, tudo. Leva o querer que não era pensando em outro momento. Leva. Apenas. Quantas dezenas, ou unidades, ficaram gravadas na mente e na insônia quando o resto apagou-se em meio àquelas explicações desnecessárias que queria, ou que inventou. Há de lembrar-se, você que pensa que voa, mas sequer tira os pés do chão, da realidade, da feiúra do mundo sem verdadeiras entregas? Não. Certamente ninguém se lembra de promessas que foram feitas em uma época em que o degelo das calotas não tinha tornado gélido esse coração que finge pulsar. E, evidentemente, não lembrará das desfatezes cometidas sem medidas, da brutalidade do silêncio imposto, da gratuidade com que comprou a indiferença, cujo caminho foi regado com as lágrimas que um dia jurou não fazer derramar. Não. É claro que não lembrará. ...

Talvez lembremo-nos

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Área verde - UFS, São Cristóvão Talvez, acabemos tão separados de nossas simplicidades, de nossos pequenos egoísmos que acabemos caindo no abismo da perdição que José de Alencar tanto cita em seu renomado Lucíola. E, entre as efemeridades, acabemos efêmeros, egoístas demais para caber no mundo e na ordem reinante. Outro dia, lembraremo-nos daqueles olhos que sorriam à nossa chegada, daquela alegria infantil que absorvia o dia em grandes divertimentos, que de tão simplórios, acabaram se perdendo em mesquinharias criadas pela doentia maneira de nunca acostumar-se com a tranquilidade do que é bom e infante. Lembraremo-nos das vezes que acabamos indo dormir felizes, apesar das discussões diurnas. Lembraremo-nos das lembranças que compunham o segredo e a publicidade, a razão e a despreocupação, a ação e a passividade. Lembraremo-nos de tudo o que nos fez estar juntos, quando as consequências eram as mais pessimistas. Lembraremo-nos de todos os que choravam ao nosso redor e das ...

Sessão: Relicário

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Tens algum relicário? Relíquias são objetos cujo valor é duvidoso, mas que mesmo assim carregar algum valor, por mais abjeto que seja.

Sessão: Ainda Não Passou

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Tudo sempre acaba passando, é o que dizem. Mas alguém já se perguntou que, muitas vezes, não há, exatamente, o que passar? A humanidade tem um hábito extremamente destrutivo: colocar-se para baixo pelo simples prazer de gostar da melancolia. E quando tudo vai bem, existe sempre uma forma de clamar pelo sofrimento, ppsicológico, de maneira que sempre exista do que reclamar e lamentar. Ainda não passou, mas vai passar. E quando passar, passou. Sem rastros nem vestígios, a vida já se refez. Não há necessidade de melancolia, se o homem é feito para a superação e responder aos estímulos.

Sessão: SEI

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Pode-se mudar o mundo quando se entende que  o mundo depende das próprias ações e que, sem nenhuma influência do meio(quase impossível), essas  ações são apenas meios que nos levam a um estado novo, talvez com velhas esquadrias. E então... ...sabe-se que "aquela pessoa" nunca existiu, além da fantasia de sua própria mente. ...sabe-se que pouco sabe sobre a economia, mas que seus bolsos precisam estar sempre cheios para uma saída fortuita. ...sabe apenas que sabe, não importando o quê. E assim, sem muitas argumentações, todos sabem que o mundinho quadrado não para de girar e o tempo é escasso demais, embora também saiba que ainda há uma carta de baralho escondida na manga.