Do Carnaval

Foto; Página Jesus Manero

As pessoas, principalmente os hipócritas e os metidos a crentes na palavra de um Deus inseguro, confundem o Carnaval com depravação; brincadeira de rua com marginalização dos brincantes.
Que fique claro: não é por que as festividades são na rua que é depravada e marginal. Isso é visão de preconceituoso. 
Evidentemente que essa maneira de ver a festa de momo tem uma razão, ou várias. Seja os elevados de Salvador transformados em banheiro, seja o concreto carioca corroído pela urina, sempre há uma razão. E se nos voltarmos para as cidades pequenas, onde os blocos de rua, na maioria das vezes deprimentes e que só repetem as músicas da moda de dois verões passados, veremos não só os homens abrindo as calças - as mulheres procuram a nada discreta proteção dos carros estacionados ou de moitas, seja onde for, para aliviar toda a cerveja ingerida no percurso - que nem é tão grande assim, 
Chego a conclusão de que nem é o aperto fisiológico. É mais uma maneira de mostrar a bunda e  a calcinha ara quem quiser.
E quem não é tão "recatado(a)" assim faz na frente de todo mundo mesmo.
Há quem se espante com casais transando em plena multidão do Carnaval. Eu acho mais intolerável o simples ato de urinar ou defecar em público. O sexo faz parte do Carnaval e sua sujeira se resume a duas pessoas.  
Não confunda a imundície com o carnavalismo. Este tem muita liberdade. Aquela vem de casa, solta a franga nos blocos carnavalescos e volta para o aconchego do lar para continuar fomentando doenças, maus hábitos e falta de higiene.
Os carolas e hipócritas que não me perdoem, mas tudo isso que fazem é só para chamar a atenção mesmo.

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