Desamores
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Teço-me, de Arriete Vilela |
A poesia poderia ser definida como tudo aquilo que é pensado e não dito, seja pela pressa dos afazeres ou pela negligência com o outro. Faz do fio bonito, do ódio amor, do amor desespero e acaba tirando de quem lê as pétalas de uma flor outrora cultivada com carinho dedicação.
Estava, nesse verão que dura o ano todo, lendo uns poemas de Arriete Vilela, quando me deparei com o desamor - esse antagonista do amor que fere e mata.
E não é que existem desamores para dar e vender!?
Os desamores que cercam a estante, os troféus, as fotografias, os perfumes e as roupas; que enlaçam a vontade e aniquilam o desejo. Esses desamores, se não tiver cuidado, não vão tirar só a vida - eles sempre querem a alma, o mármore do inferno ou as asas dos anjos.
E o engraçado é que os desamores querem sempre ser amados, apesar das guerras, dos xingamentos e das agressões; querem estar sempre perto, sabendo de tudo e sendo o centro das atenções.
Os desamores são amados, do jeito que os inimigos são.
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