A mariposa
Alguns seres são incríveis!
Vivem suas vidas com a rotina escrita pela natureza, acrescida das modificações que o homem tão notadamente insiste em fazer. O homem e seus brinquedos demoníacos...
Há não muito tempo estava sendo cozido pela noite abafada de Aracaju, em um dos blocos de apartamentos construídos quando era mais fácil ser "chique" e morar em uma caixa pré-moldada do que em uma casa razoável, em alguma cidade - ainda que muito limitada tecnologicamente-, quando uma mariposa (a da foto) entrou pela janela e circulou pela sala, espalhou a poeira da lâmpada, pousou na tela do aparelho de TV e sossegou na parede.
E lá ficou.
Lá passou a noite.
E enquanto o calor cozinhava minhas células, a Globo transmitia Homeland e alguém estudava cálculo III notei o quanto somos irresponsáveis ao querer enquadrar o mundo, ao nosso redor e muito além, nos parâmetros limitados que conhecemos, estabelecendo limites cada vez mais restritos com medo de que o novo ouse quebrar uma paz e uma segurança aparentes, falsas.
Se fôssemos como a mariposa estaríamos entrando em ambientes desconhecidos, vendo estranhos e vivendo a rotina que a natureza nos oferece.
Mas, não, preferimos, na maioria das vezes, sermos motos vivos em caixas pré-moldadas, limitadas pelo medos.
Uma pena.
![]() |
Uma mariposa em Aracaju-se |
Comentários
Postar um comentário
Após análise, seu comentário poderá ser postado!