É a primavera chegando ao fim
Da janela podemos ver um mundo rotineiro, cronometrado, dividido entre achismos e vizinhos. E em uma realidade pandêmica, atribulada, ocupada, preocupada, nossa janela, por muitas horas do dia, são de apenas algumas polegadas.
De repente, sons celestes, tímidos, são ouvidos e a tensão aumenta. Para os fiéis, são os primeiros sinais que o Rei está passando.
A chuva cai.
As janelas são fechadas.
O povo corre.
E então o verão mostra sua face durante a primavera. É o fim para ela. É o renascimento para ele.
É o espetáculo belo, gratuito, aleatório, perigoso e dominador.
Os filhos da tempestade não temem e os Orixás mostram, embora não precisem, a vida que flui, muda, transforma e é transformada.
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