Diário de um abanadonado II

Arte: Vale da montanha com planalto. Hercules Segers. Metmuseum. 

 

Sim, a hora chega!

A fatídica hora em que o fastio das coisas cotidianas nos toma de assalto, jogando-nos em um estado depressivo; um estado de tristeza; um estado em que nada é capaz de satisfazer a necessidade de vida  que, recorrentemente, temos.

Nesse momento a luxúria, a gula, a ira e as mais diminutas observações não nos demove da letargia impeditiva de viver. Ou somos experts ou completamente inaptos nesses doces pecados católicos, o que resta é somente uma ausência pura e simples.

É nesse assalto que compreendemos os bêbados, os drogados nunca satisfeitos, os suicidas, os antissociais, os doentes mentais. É um assalto que não deixa restos e nem vítimas e nunca termina. 

O hoje está sendo assim.

O ontem foi assim.

O amanhã foi roubado.


 

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