Em estado solo

Quadro: Retrato de Mulher, possivelmente Ginevra d'Antonio Lupari Gozzadini, Atribuído ao Maestro delle Storie del Pane. Metmuseum.

 

Noites de delícias e sossegos.

Dias de trabalho e sons diversos.

E entre o passar das horas e a imposição de limites para o fim de atividades, o fim de auto pressões sociais, o fim de velhos hábitos, existem  descobertas que nos provocam e tornam-nos interessantes - e é sempre melhor que seja para si do que para outrem. 

Porque quando ficarmos sozinhos - presos em nossos mundos físicos, com tantas limitações quantas forem possíveis existirem em ambientes trancados, sem o verdor natural do mundo, com odores vendidos em farmácias e comida competentemente pré-cozida por multinacionais que nem sempre são boas para nossos corpos frágeis e viciados - precisaremos ter com o que nos divertir e distrair.

As noites deliciosas podem ser com única companhia e as de sossego, idem. 

Os dias de trabalho podem ser mudados e reformados.

No entanto, o limiar das horas, a presença e a ausência de nosso próprio eu e a construção do novo estado de si, independente do que aconteça ao redor, é o trabalho de uma vida inteira que nem todo indivíduo tem a coragem e a força para começar.

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