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Quadro: Sibylle. Camille Corot. Metmuseum. |
Com frequência somos instados a sermos assertivos sempre, como se soubéssemos das respostas certas para todas as perguntas imagináveis e inimagináveis que possam nos fazer. A ideia que jamais poderemos errar é colocada em nosso íntimo e o medo da falha nos aterroriza, paralisa, imobiliza qualquer criatividade.
E em todos os planos que elaboramos o erro não tem lugar. Errar significa o fim do jogo; o fracasso que não poderemos suportar. Essa ideia resiste ao tempo e as mais diversas dificuldades. Errar e admitir o erro envolve, falsamente, a ideia de fracasso - e não fomos educados para compreender os motivos que nos levaram ao erro. Ao contrário, fomos educados para a competição nua, crua e cruel. Nada além disso. E isso contribui para tantos desenganos e suicídios.
Como não errar?
Por que o erro existe?
Como superar o erro?
Em tempos tão padronizados, onde o que existe são figurações para redes sociais, o que nos sobra são migalhas de atenções e lugares na plateia para prestigiar outro indivíduo que oferece o espetáculo, muito frequentemente aquém que o mínimo aceitável.
Precisamos encarar o fato que errar faz parte de todo processo e que não estudar o erro é muito mais grave que qualquer rejeição pública.
Se vamos conseguir? Depende de quanta maturidade possuímos.
O importante é tentar.
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