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Mostrando postagens com o rótulo Facebook

Desejo de amigo

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Fonte da imagem: USQ. Reprodução FB. Com a fraternidade natalina, tenho a desejar apenas que lute, não com a passividade de um ser que não deseja ofender aos demais, mas com a ganância de fazer apenas o que mais lhe parecer correto e afrontoso, porque sem a ousadia da afronta nada é alcançável.  Não lhe desejo um único Deus. Desejo-lhe lembrar que existem tantos Deuses quanto seja possível dentro do panteão humano.  E desejo-lhe que saia com o coração fechado e a mente aberta nesse mundo de espinhos e lágrimas, onde nem sempre há tristezas e muitas surpresas. Desejo-lhe que seja apenas vivente, não como aqueles de Carlos Nejar, embora ele sirvam de inspiração. De natal, é desejável o tudo e o nada, que abriga o diferente, o estranho, o inominável.

Efeito Brasil

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As manifestações de rua promovidas pelas centrais sindicais e Institutos e Universidades federais é um reflexo do que se pode chamar de "efeito Brasil", que é quando o povo, movido por interesses alheios ao bem-estar social, político e econômico da sociedade promove e ajuda a promover a queda ou as fraturas em um governo apenas para ter a quê se opor.  O "efeito Brasil" pode ser observado durante o governo Dilma em que o povo, quase em sua totalidade (é só tomar por base os eleitores de Jair Bolsonaro ), apoiou o impeachment da presidente apenas como forma de se dizer politizado e historicamente alfabetizado. Os efeitos do que se chamou "golpe político", e que depois realmente se configurou e se confirmou no golpe político, foram reformas e medidas em que os avanços conseguidos nos governo Lula e Dilma fossem retrocedidos. A marcha do golpe e da corrupção que dele se agravou resultou não apenas em decretos e atos do governo golpista de Michel ...

A "nova" geração cabecinha

Há um tempo a grande preocupação dos professores de língua portuguesa era a então recente criação da "geração cabecinha", jovens que  liam apenas os títulos  das notícias sem sequer  cogitar a possibilidade de acessar a íntegra do texto e assim crescer em desinformação e imbecilidade. O tempo passou e a juventude migrou para plataformas diferentes do Facebook, restando aos mais idosos a responsabilidade, aparentemente prazerosa, de continuar o legado da promoção de errôneas interpretações e da perpetracão de infâmias e injúrias decorrentes de um péssimo e destrutivo hábito de leitura. Uma geração, velha, perdida e ainda mais analfabeta depois dos 40 anos.

Palavras demais

“Que as palavras caiam de forma que for – que elas possam atingir o amor obliquamente.” William Carlos Williams, Paterson . A era do WhatsApp mudou a maneira como nos relacionávamos. Quando era apenas o bate-papo do Facebook, quando você podia olhar ou não e tudo estaria bem, todos ficavam bem e os relacionamentos seguiam seu caminho com a graça e as aflições características de um certo distanciamento. O imediatismo do WhatsApp mudou a nossa percepção sobre o tempo de espera para a resposta das mensagens e desenvolveu a impaciência obsessiva sobre o outro. As palavras não apenas aparecem – elas caem em avalanche sobre nós com mais frequência do que podemos responder e pensar antes de responder. O resultado óbvio é o desastre nas relações sociais. As palavras atingem o amor, o ódio, o desprezo e varre tudo o que possa existir depois deles, inclusive a possibilidade de sopro depois da mordida. E quando morder é tudo o que sabemos fazer, o que resta quando só o cara...

Alta Tensão

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As redes sociais trouxeram ao mundo real a possibilidade de causar a discórdia através do anonimato. Afastaram mais que aproximaram pessoas e as consequências, além de perseguições virtuais, ultrapassam a banalidade que costumava rondar as fofocas de calçada e passaram a provocar mortes, desespero e chor o. Em Alta Tensão o leitor encontrará a acidez de um comentário em uma postagem no facebook que desencadeia uma trama de suspense, mortes e mentiras. Remontando um assassinato ocorrido há quinze anos, Myron Bolitar tenta descobrir o paradeiro do seu irmão mais novo e tudo o que aconteceu a ele no passado quando inicia a investigação sobre a morte prematura de sua amiga e cliente. E quanto mais Myron se aproxima de Brad mais intrincado fica o enredo, envolvendo o crime organizado, tráfico de drogas, farsas midiáticas e assassinatos. Harlan Coben escreve, em Alta Tensão , sobre o fanatismo, o perdão e as escolhas nas quais as personagens vivem uma vida superficial e carente. Explo...

Registro

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Às vezes fico imaginando o quanto somos efêmeros e errôneos ao julgar as nossas (e às de algumas pessoas) decisões. Outro dia estava olhando a nova aplicação do Facebook, que mostra tudo o que aconteceu em cada dia, e notei o quanto o tempo passa implacavelmente e em tão bom humor quando não estamos esperando nada de fantástico ou incrível em nossas vidas.  Imagem: Nineteen Studies of  horses, hands and feet.  Eugène Delacroix. Sempre defendi o poder do registro (escrito, fotográfico ou em desenhos) e fico, apesar disso, surpreso com essa aplicação apenas porque revela-nos como fomos infantis, levianos ou inocentes em situações tão simplórias. O Facebook refazendo o modo como registramos a história (nossas histórias particulares) nessa nova era digital. E se por um lado somos relembrados de frases, fotos, notícias e sentimentos compartilhados, somos igualmente responsabilizados, daí em diante, a pegar leve com a exposição e com as justificativas  - afinal, ...

Amor de vitrine

O instagram tem um coração. O Facebook um polegar e o twitter tem o RT.  Em tempos de "amor de vitrine", onde tudo tem que ser publicado, visto e curtido, não se importar  com tais banalidades, incluindo o tal amor, é ser rotulado como sociopata, no mínimo. E o que importa!? Há amores eternos que são indestrutíveis no 1 de janeiro. E até o dia 5 de janeiro são pó que nem o vento leva.  Há desejos que só ficam nas fotos. Há promessas que nenhum comentário adivinha. Então não me venham com essa de que a vitrine virtual pede exposição. Expõe quem é inseguro, tragicamente.

Deus na internet? Eu sou ateu

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Existe uma imbecilidade disseminada por aí que diz que se você se recusar a participar de grupos nas redes sociais e em aplicativos, como o WhatsApp, destinados à adoração burra à divindade que nos criou - Deus - terá um castigo imediato, o desagrado dos "amigos" e cristãos. Se for por essa linha de raciocínio, eu não tenho o perfil OFICIAL de Deus no twitter, facebook, VK, Tumbrl e nem o seu número pessoal para adicioná-lo  ao meu WhatsApp e, portanto, quaisquer bobagens dessas que são veementemente propagadas por aí considero uma perda de tempo, energia e transferência de dados. Não serei salvo no tão esperado Juízo Final por ter compartilhado uma imagem de um homem segurando uma criancinha sobre uma legenda pouco inteligente; nem estarei condenado ao mármore do inferno por não estar atrelado a um grupo de semianalfabetos que acreditam realmente que um grupo denominado Eu amo DEUS seja o portal para bendizer seja lá quem for, principalmente se o interessado sequer...

No tempo da rede

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foto:  www.bandeirantes820.com.br A velocidade da sua conexão com a internet pode influenciar nos seus romances, não tenha dúvidas disso. O whatsApp pode revelar que a pessoa do outro lado, que está fazendo qualquer coisa em qualquer lugar, pode não querer falar muito, pode estar querendo paz, pode ter notado que essa seria uma “relação sem futuro”. Basta ver as reações do receptor ao visualizar a mensagem. O Facebook, rede social que tem caído no erro de promocionar propagandas ao invés de interesses reais dos participantes, propõe, entre curtidas, que o ciúme seja protagonista, nunca coadjuvante. Além disso, é o outdoor dos carentes, inseguros e pretensiosos. O twitter, o passarinho azul de 140 caracteres, salva-se por não querer nada mais que ser um microblog. Apesar de todos os defeitos das redes sociais, o pior mesmo é quando a conexão cai e as pessoas se veem sem poder refugiar-se na virtualidade das ilusões que podem ser curtidas, compartilhadas e retuitadas....

Dom Casmurro

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Uma das obras mais tratadas e discutidas da literatura brasileira não responde, claramente, à pergunta fundamental que está no cerne de sua essência: Capitu traiu Bentinho? Há quem centre sua atenção nesse detalhe e esqueça dos olhos de ressaca de Capitu, da insegurança de Bentinho, das colocações referentes à classe social daquela e perdoe as imprudências deste. Machado de Assis, em sua linguagem brasileiríssima que não merece ser adaptada para o analfabetismo do século XXI, leva o leitor a discutir o amor sob a ótica da praticidade cotidiana. Mais que isso, mostra que o amor não precisa ser meloso, com vozes arrastadas e flores em demasia para ser amor intenso e verdadeiro de fato. Capitu, linda, atraente, interessante atrai olhares, conversas, o mundo. É a representação do indivíduo bem-sucedido que pode envolver-se em uma relação sem comprometer a dignidade de seu intelecto. Bentinho, com a sua inexperiência, insegurança, exemplifica o que existe até os dias atuais – ...

Não é amor, é status!

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É junho começar e as pessoas começam a buscar suas almas gêmeas! E buscam com tanto afinco e tanta falta de propósito que é quase possível dizer, sem erro, que estão no desespero da Segunda Vinda. Ora, se o indivíduo passa o ano solteiro, curtindo a vida entre uma festa e uma saída com amigos, sem a preocupação de estar ou não relacionado com alguém, qual o motivo de buscar tanto um par em junho? Uma dica: não é o presente e não é o frio de algumas regiões. É o status . Sim, algumas pessoas buscam apenas o modelo social aceito nos dias juninos e que, segundo uma tradição comercial, deve ocorrer a troca de presentes. Para alguns isso é justificável visto que não são capazes de ser socialmente aceitáveis fora dos padrões estabelecidos pelo comércio, apoiado pela Igreja, e que foram obedientemente aceitos pela população. E o que acontece em seguida: a) qualquer pessoa serve; b) já que qualquer pessoa serve a decepção é esperada; c) se a decepção é inevitável, bebe-se para ...

Bate-papo reverso (direto (verso(anverso)))

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Os serviços de bate-papo tornaram o mundo e a distância menores, sempre a uma janela de distância. Tornaram as pessoas sempre próximas. Tornaram a inanimação das palavras em tons de vozes diversos e nem sempre corretos. Esses serviços ajudaram para o bem e para o mal. Construíram e destruíram relações. Janela de bato-papo do Google Estava, outro dia, tentando conversar pelo bate-papo do Google, o Gtalk, com uma pessoa que simplesmente era incapaz de ler as palavras sem imaginar o meu tom de voz. É evidente que nunca conseguimos ter uma conversa saudável. Aliás, até hoje não temos uma conversa saudável; quer dizer, até hoje não conversamos. Então é notório que quando o serviço de bate-papo destrói a comunicação, todo o resto também é destruído. Por outro lado, o bate-papo do Facebook também piora tudo com o mecanismo de mostrar quem visualizou ou não a conversa. Isso é igualmente destrutivo. Mas aproximam as pessoas na medida em que existe a impossibilidade de comunicaçã...

Férias, Carnaval e Facebook

Aberta a temporada das flores para as empresas de comercio eletrônico uma vez que as férias de discentes de  diferentes níveis etários estão em andamento em todo o país. E como não poderia faltar, também estamos próximo ao carnaval. Para representar bem o tempo gasto com navegação pela web temos as atualizações do Facebook, que figuram muito bem, por si só, as fases imbecis de milhões de internautas que, na falta de ter o que escrever descrevem, de maneira analfabeta, suas mais banais atividades cotidianas. Entretanto, alguém está bem com isso! As empresas de venda on-line podem sentir na pele, virtual, o quão vantajoso é o incentivo ao analfabetismo virtual de férias. As vendas crescem, e também as reclamações, e o lucro, consequentemente, aumenta. De maneira direta e clara: o carnaval e as férias não mais podem coexistir com o Facebook já que ou curtem, literalmente, a vida real e todas as suas surpreendentes formas ação ou  curtem em clic's a vida de outras pesso...