Palavras demais
“Que as palavras caiam de forma que for – que elas possam atingir o amor obliquamente.”
William
Carlos Williams, Paterson.
A era do WhatsApp
mudou a maneira como nos relacionávamos. Quando era apenas o bate-papo do
Facebook, quando você podia olhar ou não e tudo estaria bem, todos ficavam bem
e os relacionamentos seguiam seu caminho com a graça e as aflições
características de um certo distanciamento.
O imediatismo do
WhatsApp mudou a nossa percepção sobre o tempo de espera para a resposta das
mensagens e desenvolveu a impaciência obsessiva sobre o outro. As palavras não
apenas aparecem – elas caem em avalanche sobre nós com mais frequência do que
podemos responder e pensar antes de responder. O resultado óbvio é o desastre
nas relações sociais.
As palavras atingem o
amor, o ódio, o desprezo e varre tudo o que possa existir depois deles,
inclusive a possibilidade de sopro depois da mordida.
E quando morder é tudo
o que sabemos fazer, o que resta quando só o cara a cara resta?
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