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Mostrando postagens com o rótulo Aedes Aegypti

Nota pandêmica

Vídeo: briga na porta da agência da CAIXA, em Aracaju-SE. Não é só a pandemia.  Vivemos um momento em que a ignorância e os achismos são tão grandes que suplantam o bom senso e o mínimo de civilidade que julgávamos ter adquirido com a deficiente educação fornecida pelos sistemas público e privado. A pandemia, advinda em boa hora, apenas revela o que a hipocrisia nossa de cada dia esconde sob camadas de pseudos princípios religiosos e morais. Traduzida em notícias falsas e tendenciosas, a ignorância tem feito reféns aos borbotões. E acompanha da violência, apimenta ainda mais as relações humanas. Na Paraíba, por não conseguir receber, por diversas razões, o auxílio emergencial disponibilizado, quase sob coação do Congresso, pelo governo federal um homem destruiu a fachada vítrea de umas agências da CAIXA. Em Palmeira dos Índios, no agreste de Alagoas, as pessoas aglomeram-se nas portas dos bancos em busca desse auxílio, colocando em risco a própria vida - seja pela e...

COVID-19: não anda só

Em um país que já foi subjugado pelo Aedes Aegypti, o coronavírus torna-se apenas mais um elemento na adição de epidemias e doenças incontroláveis no Brasil. E como a época de chuvas está prestes a chegar, sem contar com as famosas águas de março que findam o verão, a dengue , a Zika e a Chikungunya aliadas às IST's e ao coronavírus irão, inevitavelmente, tornar o Brasil uma terra de doentes e mortos que, consequentemente, levará a economia à bancarrota ao informalizar ainda mais trabalhadores, para não citar o aumento previsto do desemprego e do suicídio moral, político e social de milhões, mesmo com vínculos empregatícios ou freelancers.  Os ricos vão proteger seus bens e seus investimentos. Os pobres, negros e favelados e sertanejos, mulheres e crianças e idosos, dependentes de programas sociais e subempregos precisam ser alertados sobre a possível escassez de comida e de trabalho, ressaltando sobre a ineficiência assistencialista dos governos federal, municipal e estadual. ...

Idiossincrasia religiosa

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Quadro: Portrait of Olga Merson. Henri Matisse, 1911. Para o homem comum, que infelizmente ocupa a base da pirâmide social, todos os problemas físicos (sociais, econômicos e estruturais) e abstratos (morais e religiosos) são produtos das ações de deuses, ou de um Deus, sobre a vida ridícula deste mesmo homem. E isso explicaria o desemprego, a febre tifoide, a peste negra, as depressões econômicas, a corrupção e os assassinatos. O que o homem comum não admite, por ignorância ou extrema corrupção moral, é que as próprias ações são as únicas que podem resultar em prejuízos ou glórias durante sua não tão breve estadia na Terra. Se um homem, no auge de sua irresponsabilidade, transa com diversas mulheres e sem proteção é natural que esse homem e suas parceiras sejam portadores de doenças sexualmente transmissíveis e que cada mulher tenha, ao menos, um bastardo. Esses bastardos, sem a devida educação, poderão repetir os erros dos genitores acrescendo mais doenças e bastardos à estr...

Mandingas e impropérios para o Aedes

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Ilustração: As dez pragas do Egito. redecruz.com A zona da mata de Alagoas já começou a apresentar sinais de histeria, como em outras regiões do país, provocada em parte pelo surto do vírus zika e chikungunya e em parte ela mania de mistificar as epidemias. Lá em Branca de Atalaia a população, em procissão, lotou um terreiro de religião afro-brasileira como meio de livrar a localidade das doenças. O resultado foi que o pai de santo acabou na emergência mais próxima atacado pela febre. Os crentes mais ferrenhos acreditam que a epidemia é resultado dos pecados do povo e que o surto se assemelha às pragas do Egito. Os romeiros de Padre Cícero, na contramão dos evangélicos e dos umbandistas e candomblecistas, soltaram fogos e preces no pé da estátua do santo nordestino para alcançar a graça de deixar o Aedes Aegypti longe. A histeria lá está prestes a estourar. No entanto, para que não pense que é só no Brasil que isso acontece, nos EUA um pastor gravou um vídeo avisando aos...

Mais forte que um país inteiro

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Foto: Aedes Aegypti. Fiocruz. Fui a Banco do Brasil e na tela apareceu uma mensagem de combate ao Aedes Aegypti . Visitei o site do IFAL e vários mosquitos eletrônicos do Aedes Aegypti apareceram na tela, atrapalhando minha navegação. O Ministério da Educação não para de postar mensagens sobre o combate ao mosquito e até a Presidente da República foi em rede nacional pedir o engajamento do povo brasileiro no combate ao mosquito. E embora o marketing diga que "o mosquito não é mais forte que um país inteiro" tenho que discordar veementemente disso e afirmar sem medo que o Aedes Aegypti é mais forte que muitos países juntos e que seu extermínio não é só uma grande perda como quase impossível. A campanha não deveria ser de combate e extinção do mosquito. Tentar exterminá-lo é o mesmo que anunciar mais um desequilíbrio ecológico, dentre os incontáveis que a espécie humana já protagonizou. O correto seria desviar o foco das consequências e atacar a origem do probl...

Falta refinamento

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Não há assunto com a população de Palmeira dos Índios e nem tem como ter - o povo parece que alcança um determinado ponto de comunicação com o mundo fora dos limites do município que faz com que todo o assunto cesse. O assunto da moda, as febres do Aedes Aegypti, consome quase que 90% do tempo de conversa. É uma história de desmaio em tal lugar, de recaídas semanais, de falta de coragem para trabalhar - uma choradeira tão grande que cansa só de ouvir. Em segundo plano a conversa desanda para a inflação da gasolina e dos produtos alimentícios - como se todos tivessem veículo automotor ou vivesse dentro de um "supermercado" comprando comida para comer dia e noite tal uma feriada braba. As pessoas são irritantes e tediosas porque não têm o que falar nem argumentos para discutir. Aliás, nem fofocar sobre a vida alheia o povo sabe fazer direito. Não é de espantar que a cidade não tenha uma banca de revista, lotada de revistas TiTiTi e similares, ou um bom lugar para matar o te...

Cuidado com a bocada

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Calor, suor, cerveja gelada, pouca roupa, música animada, sentimentos à for da pele. Um verdadeiro mix de humanidade e uma leve vulgaridade sempre faz bem. Mas se, de repente, a multidão tomar outro rumo e partir para o beijo coletivo o mais seguro a fazer é fechar a boca e não deixar nem o ar entrar. Uma boca fechada, tal uma fortaleza, é o refúgio seguro da própria saúde. Em tempos de boquete fácil e sexo rápido o beijo tornou-se indicativo de intimidade ou de excessivo poder, ainda que seja um hábito não dominado por alguns candidatos(as) a expoente da sociedade. O beijo é mais grave que o sexo violento no meio da rua, sob o sol do meio dia, em um bloco carnavalesco ou sob a marquise de algum prédio. Abrir a boca para outra boca anda mais perigoso que abrir as pernas (e serve para homens e mulheres) para qualquer um.  Através do beijo DST's podem ser transmitidas, relacionamentos terminam (e outros efêmeros começam) e brigas são desencadeadas.  A cárie pode entrar...

Só o Aedes saberá

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O desastre da moda é a microcefalia nos recém-nascidos nordestinos e, graças a Deus, essa praga não chegou ao Sul e Sudeste (e o medo que isso se espalhe faz com que a mídia sulista fique excitadíssima). O Aedes Aegypti é boi de piranha de uma sociedade relapsa que já estava acostumada com os breves acessos de dengue durante o verão, em todo o país.  O que a alvoroçada mídia não cita, e assim que aparecer uma tragédia suculenta logo irá esquecer, é que um dos problemas a longo prazo é o que fazer com as crianças microcefálicas que já nasceram e que apresentarão retardos no aprendizado e na vivência social visto que, embora sejamos "sem preconceitos", ninguém aguenta, por muito tempo, a não ser por obrigação, suportar crianças e adultos mentalmente problemáticos. O que será feito para compensar um cérebro menor? A APAE ou a AACD vão incorporar essas crianças? Sim, porque as escolas não estão, e demorará muito ainda, preparadas para receber e promover o desenvolvimento in...