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Desamores

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Teço-me, de Arriete Vilela A poesia poderia ser definida como tudo aquilo que é pensado e não dito, seja pela pressa dos afazeres ou pela negligência com o outro. Faz do fio bonito, do ódio amor, do amor desespero e acaba tirando de quem lê as pétalas de uma flor outrora cultivada com carinho  dedicação. Estava, nesse verão que dura o ano todo, lendo uns poemas de Arriete Vilela, quando me deparei com o desamor - esse antagonista do amor que fere e mata. E não é que existem desamores para dar e vender!? Os desamores que cercam a estante, os troféus, as fotografias, os perfumes e as roupas; que enlaçam a vontade e aniquilam o desejo. Esses desamores, se não tiver cuidado, não vão tirar só a vida - eles sempre querem a alma, o mármore do inferno ou as asas dos anjos. E o engraçado é que os desamores querem sempre ser amados, apesar das guerras, dos xingamentos e das agressões; querem estar sempre perto, sabendo de tudo e sendo o centro das atenções. Os desamores são ...

Marechal, a Flimar e nós

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Aquela lagoa de Marechal   Marechal Deodoro, no interior alagoano, uma vez por ano, recebe escritores, artistas, editores, cantores e curiosos durante a Festa Literária de Marechal Deodoro - FLIMAR . E a cada ano a Festa fica ainda melhor não por que um artista famoso é homenageado, ou pela participação de imortais. Não. a Festa fica melhor, assim como o vinho, com o passar do tempo e com a intimidade que os visitantes compartilham com moradores, visitantes e personalidades ilustres. E se fosse só por isso estaria bom. Mas tem mais! O sol quente na pele acariciada pelo vento ideal, tão característico das cidades litorâneas; as pequenas descobertas de ruas e histórias; a conversa fiada com estranhos-conhecidos-recentes; a tranquilidade da janela aberta até depois da meia noite; e a proximidade com quem faz cultura são algumas das características da cidade, antes e durante a Festa Literária. Ah, a lagoa! Tivesse eu uma rede, uma varanda em Marec...

Luares para o Amor não naufragar

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Os autores alagoanos, de prosa e poesia, parece, enfrentam certa barreira em divulgar seus trabalhos para o interior do Estado. Seria, talvez, o naufrágio de sua obra no mar da não valorização da cultura produzida na Terra dos Marechais. Naufrágio desnecessário que priva o próprio povo de conhecer as belezas do próprio Estado. Entretanto, quando alguns autores aparecem, já com a bagagem de uma vida de escritor, é possível notar o quão rico é o Alagoas. E de naufrágios e sucessos, o Estado tem lá suas poesias e prosas que realmente representam o povo e a localidade. E como não só de desilusões vive o homem, as alegrias são também contadas pelas poetisas e poetas desse Estado mundo a fora. Capa da obra Exemplo da genuína expressão da poesia alagoana, nesses tempos vividos, tem a poesia de Luares para o Amor não naufragar, de Arriete Vilela.  Uma obra que não se lê rapidamente, não porque seja poesia, mas pela forma muito particular que foi produzida, onde é quase possível p...