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Mostrando postagens de agosto, 2013

Passou, Agosto!

O desgosto dá seu adeus no último dia de seu mês com surpresas realmente impactantes e que causam grandes mobilizações nos mais diferentes setores da sociedade. Com aquela sensação de longevidade desnecessária que é comum aos meses de trinta e um dias, agosto revelou bem mais do que pretendia. A economia brasileira teve um de seus melhores desempenhos e cresceu mais que outras grandes economias globais. Um apagão voltou a desligar energeticamente o Nordeste do restante do País, com prejuízos habituais e o problema, como sempre, foi algo muito banal. Até agora, uma queimada pode ter causado o problema no Estado do Piauí alastrando-se para os outros setes Estados. Para encerrar, é o que parece, a onda de manifestações desencadeadas pelo Movimento Passe Livre nos meses de junho e julho e que se estendeu para outras reclamações, como o fim da corrupção e a votação de algumas Propostas de Emenda à Constituição, teve as Centrais Sindicais parando serviços básicos em algumas capita...

O Diário de Suzana para Nicolas

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Capa da Obra Os amores não são mais os mesmos. Nem de amores são feitas as vidas dos indivíduos que outrora amavam a própria vida. Amores. Amores. Quem nuca? De tudo o que se pode viver nos milhares de amores que se tem em toda a vida, desde a primeira infância, não existe atitude tão gratificante quanto o registro desses amores, os passos, expectativas, anseios, defeitos e melhorias a serem feitas em si e no mundo. E quantas vezes isso passa despercebido? O registro do amor tido será uma das melhores formas de autoconhecimento. De saber quem é e par aonde vai. E com esse ponto James Patterson cria um dos livros mais emocionantes e controversos já escritos sobre a vida, a morte e o amor. É emocionante não pelo fato de registrar o amor e sim por gravar um cotidiano feliz, destroçado pela ação do inesperado. E é controverso por que leva o leitor a julgar as ações dos personagens antes mesmo de eles terem explicado suas atitudes. E, junto com os próprios personagens, promo...

Fotografia, um poder imenso

Quem não tem fotografias guardadas? Retratos que registraram tantos momentos implícitos, tantas formas ímpares de dizer palavras sem ao menos abrir a boca, ou sorrir sem desgrudar os lábios. Nas imagens que estão guardadas, onde está aquele desejo de imensidão que tomava conta das ruas e diminuía o esforço de viver na corda bamba das decisões difíceis? Talvez não sejam milhares de fotos, nem tenham pessoas bem vestidas em poses poderosas. Talvez os papéis coloridos recortem sua alegria silenciosa em um dia à beira-mar, em que a saudade aflorou a paixão e todas as palavras do mundo poderiam ser ditas em um único gesto, quem sabe um grito? O poder do registro é imenso. O da fotografia extrapola esse poder e estabelece fundamentos únicos que são seguidos à revelia dos indivíduos, pois ela guarda histórias inteiras, breves lapsos de vida, uma gigantesca expressão intraduzível. Lá, entre folhas rabiscadas, livros lidos, planos, pessoas, passado, poeira, está o que realmente impo...

A distância entre nós

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Capa da Obra É muito comum que os empregados domésticos sintam-se como parte da família dos empregadores. E muitas são as razões que levam a esse erro e o principal deles é a demagogia usada nesse tipo de relação. O analfabetismo, quando este interfere no modo de lê o mundo ao redor, também é fator fundamental para a perpetuação dessa mentira dita sob olhares sorridentes e pensamentos irritados. Trabalhadores domésticos são trabalhadores como outro qualquer e não devem misturar-se com a família para a qual prestam serviços. Não devem criar laços com os quais poderão enforcar-se em algum momento da vida laborativa. É em um misto de desilusões pessoais, tristeza com o próprio estado educacional e a incapacidade de quebrar paradigmas que Thrity Umrigar narra em A distância entre nós como Bhima, uma empregada doméstica, analfabeta, quebra com o socialmente aceitável e acolhe a neta estuprada, mesmo sabendo que a “desonra” da neta jogará as duas no infortúnio de vida que é o ...

O silêncio das montanhas

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Capa da obra Perder alguém, que se ama, é nitidamente doloroso, mesmo que a dor não seja expressada por choros descontrolados e desespero, ela estará lá. Mesmo que os anos destruam o corpo, a alma conserva suas dores e suas lembranças mais queridas; os nomes dos algozes e as vezes em que o silêncio revelou o passado tão feliz e distante. Em O silêncio das montanhas , Khaled Hosseini conta-nos como as decisões egoístas, e muitas vezes precipitadas apenas, torna a vida de muitas pessoas diferente, estranha e infeliz. Hosseini toca nas feridas que se pode ter deixado guardadas com o medo de sofrer; expõe como é difícil deixar a quem se ama, a quem realmente ama, e partir com a dor que não será curada nem mesmo cinquenta e oito anos depois. É com muita delicadeza que o autor coloca diante do leitor o drama da perda, ainda em vida, de alguém a quem se ama mais que a própria vida e questiona-nos sobre o quanto é importante cuidar daqueles a quem se quer bem enquanto é possíve...