As segundas e más intenções

Os invejosos estão soltos sobre a terra, utilizando os serviços públicos e indignados com a possibilidade de outras pessoas sentarem no mesmo banco de praça que eles; utilizarem  a mesma agência bancária ou o mesmo táxi.
Os invejosos são velhos, jovens, homens e mulheres. São mesquinhos por natureza e de tudo fazem para manter seu imaginário poder.
São sórdidos e fazem uso da religião para se passar por boas pessoas.
São feios de dentro para fora.
São incômodos e nunca bem-vindos.
Suas mãos denunciam sua inveja e seu dinheiro, sua comida, suas roupas,  seus empregos, sua casa, seu carro, seus olhos, sua aparência, sua fé e seu Deus não serão capazes de salvar-lhes do fim ignominioso que os espera.
Para eles, os outros são usurpadores de seus bens. Para o invejo, que se alimenta do desejo de ter o que não lhe pertence, nada é satisfatório. 
Eles estão aí,  falando frases feitas, dando um prato de comida aqui, um pão ali, um bom-dia cheio de segundas e más intenções.
Cabe-nos, aos  que se dizem não-invejosos, viver sem o medo do olho à espreita, tendo como único dever aproveitar a vida e todos os recursos que estão e poderão estar disponíveis.
Esgotar a vida,  vivendo, é a melhor proteção contra as segundas e más intenções da inveja alheia.

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