A marcha
Não é preciso muita imaginação para descrever o cenário em que os adeptos ao bolsonarismo se encaixam nas muitas polaridades globais. Geralmente estão seguindo o líder e este segue Donald Trump e suas loucuras. Alguns indivíduos parecem ter como único ponto negativo o apoio ensandecido por Jair Bolsonaro enquanto outros são não apenas analfabetos funcionais, sociais e políticos como também massa de manobra com a qual não vale a pena debater ideias. Em um momento como esse em que o Uncle Sam mais uma ataca e provoca outras nações com o que se pode classificar como terrorismo legalizado pelo Ocidente, o Brasil perde não só a oportunidade de ser um observador responsável como de defender a paz, a justiça e o seu próprio povo.
O Oriente Médio possui uma complexidade que foge à compreensão do Executivo e da Diplomacia brasileira. Mas estes podem compreender que o Irã, assim como outras nações mal vistas pelos Estados Unidos da América também são importantes na dinâmica econômica e na geopolítica desse país que se apequena e se acovarda a cada ano, principalmente no atual regime bolsonarista.
Os brasileiros seguem preferindo ficar em casa, assistindo as novelas ora da Rede Globo, ora da Record TV, com raras opiniões ancoradas em uma mídia tendenciosa. O povo, tão covarde e corrupto quanto seus representantes, vê-se com sucessivas dificuldades para viver, mas sendo sempre a massa de manobra que fez com que o Brasil enfrentasse anos de ditadura no século XX e uma crônica corrução que ainda faz pessoas morrerem de fome, de doenças bobas e na completa ignorância.
Esse mesmo país que desempenhou importante papéis não somente em guerras mundiais como também no desenvolvimento de toda uma região, o cone sulamericano, agora nada mais é que um fantoche, novamente, nas mãos daqueles que seguram as cordas invisíveis do poder.
Entre o Irã e sua complexa hierarquia de poder e os EUA e sua prepotência militar e econômica, não sem motivo, o Brasil deveria ficar de olho nas oportunidades de comércio e de política internacional para crescer e sobrepujar suas próprias dificuldades, como outras nações fizeram no passado em momentos semelhantes. No entanto, não é isso o que quer as mãos internacionais que controlam o poder dentro desse imenso país e que conseguiram eleger Jair Bolsonaro.
E assim, como um povo sem iniciativa e amedrontado sem motivos reais, o Brasil está marchando para o precipício.
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