Collor e seus votos perdidos
Palácio República dos Palmares |
Quem circula pelo interior alagoano deve ter notado que, não que de repente e não sem motivo, Arapiraca e região tornou-se uma poluição visual inquientante produzida pelo então Senador Fernando Collor.
Outdoors de obras promovidas por ele e pelos seus levam o eleitor a acreditar que Collor é o novo "Pai dos Pobres" de Alagoas.
Cuidado!
Fernando podia muito bem passar essa imagem e ser reeleito sem problemas não fosse por alguns detalhes muito interessantes que têm acontecido na política alagoana em 2013 e 2014.
Diferentemente de 2010, quando lançou sorrateiramente sua candidatura ao Palácio República dos Palmares, Collor simplesmente resolveu apoiar a candidatura de Renan Filho ao Governo alagoano, tendo como Vice-Governandor o ex-Prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa.
E isso, por si só, faz Collor perder votos.
Luciano Barbosa poderia, sozinho, ganhar os 200 mil votos arapiraquenses, os da região e mais alguns da Capital, já que Collor seria seu padrinho, e ganhar o Palácio pelo próximo quadriênio. Porém, achou-se melhor juntar as duas pontas do Senado, Collor e Renan, e eleger um Governo bom para os dois.
Essa manobra, no entanto, pode sair pela culatra!
Há quem goste de Barbosa e há quem nunca ouviu falar em Renan Filho. Existe quem já ouviu falar nos dois e mesmo assim não votará neles.
Essa foi uma manobra que, se eleita, só trará problemas para os alagoanos. Se rejeitada, mostrará aos caciques da política local que o povo pode até ser pobre/miserável, mas não ignorante a esse ponto.
Em Palmeira dos Índios, a terceira maior cidade alagoana, Collor, em um passado não muito distante, chegou a ofender publicamente o atual Prefeito, que não para de dar mostras de incompetência na Administração Pública. E, no entanto, recentemente, pousou abraçado e amiguíssimo do ainda gestor Palmeiríndio. E, mais uma vez, saiu perdendo outra leva de votos e credibilidade.
A política alagoana anda, como sempre, entre os falsários do pensamento popular e, como sempre, querendo eleger os caciques de sempre.
Alagoas só terá jeito quando o povo aprender a ter memória e a dizer não, mesmo que isso signifique uma ou duas ameaças.
2014 será a reafirmação do "está ruim e continuará pior"?
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