Da raiva
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O problema da raiva não é exatamente as ações que dela se originam.
O problema da raiva é quando ela fermenta, cresce, aprimora as sensações e esmaece. Nesse momento, quando todo o vocabulário já foi dito, quando os escombros ficam com pó sobre olhos, bocas e objetos é que a raiva é esquecida e surge o rancor, que também passará.
No entanto, no fundo, a raiva não passa, não esquece. Apenas, adormecida, resiste ao tempo para, no momento certo, no instante exato, explodir com sutileza ou estardalhaço, depende da pessoa, para o indivíduo gerador de tal sentimento.
A raiva é injustiçada pelos que dizem amantes. Coitada!
Assim, quando a raiva não é problema significa apenas que ela recuou para um exílio alerta e vibrante para, um dia, voltar com mais e irrefutáveis argumentos.
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