Amor de Capitu
A obra de Machado de Assis foi reescrita, sem nenhuma pretensão além de
contar a história – como bem enfatizou o reescritor-, e deixou-a ainda mais
interessante. A exclusão do narrador tornou a história de Bentinho e Capitu
imparcial, deixando ao leitor a possibilidade de tirar suas conclusões sem a
emotividade do narrador.
Amor de Capitu é a obra que
possui a linguagem mais clara e moderna da obra machadiana e que se torna a
prova cabal de que apenas poucas pessoas conseguem reeditar uma obra sem
modificar seus sentidos mais subjetivos. Fernando Sabino, um escritor
fantástico, é o realizador dessa proeza.
Embora muita gente, inclusive os que não conhecem a obra de Sabino,
busca em Dom Casmurro sentidos de
entrelinhas, “olhares” descritos, sem ao menos procurarem na literatura
nacional o que outros grandes fizeram sobre a obra.
Sabino, em seu Amor de Capitu,
deixa o leitor com ares de certezas, uma vez que retira o narrador e suas
dramaticidades naturais, e a particular impressão de que Capitu é fidelíssima –
em uma visão particular minha.
É uma obra dentro de outra. Uma simplicidade de escrita dentro de uma
complexa teia de emoções.
O leitor que se preze, ou o que diga ser machadiano, não pode deixar
de ler a obra do Fernando.
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