Comida de ônibus
Andar pela capital sergipana pode
ser um desafio ou um verdadeiro prazer alimentício popular que só em Aracaju
pode ser encontrada o ano inteiro. E os pontos onde são comercializadas as
delícias de todo mundo são os terminais de integração e os pontos de ônibus
espalhados pelo Centro e pelos bairros mais visitados.
Milho, assado e cozido, e
amendoim, natural e cozido, são as estrelas de um cardápio variado que contém
acarajé e sorvete na mistura diária que alimenta o trabalhador e o estudante,
mais aquele que este, no diário de uma vida de ônibus lotado, atrasos e
desencontros, corridas para pegar o ônibus e xingamentos naturais decorrentes
da hora de descanso e da pressa dos motoristas.
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Ponto de ônibus - centro de Aju |
O que deve ser ressaltado é a
higiene do local onde são vendidas as iguarias. No terminal DIA a limpeza não é
o forte e os banheiros exalam um cheiro que, associado ao calor natural do
clima aracajuano, é de causar náuseas a qualquer estômago forte. Apesar disso é possível ver guerreiros comendo
com muito gosto o bom e velho milhinho, ou um acarajé, no terminal. É o que sempre
digo: na hora da fome, todo fedor é cheiro! No terminal da Zona Oeste, Leonel
Brizola, é um pouquinho melhor – digamos, mais saudável.
O melhor mesmo, uma vez que
sujeira é inevitável, é comer nos pontos de ônibus do centro, pois além de
comer um milho poderoso você ainda tem a brisa do rio Sergipe a fazer a graça
do dia, misturando em uma brisa o friozinho e o frescor dos dias quentes.
O milho existe o ano todo. O
amendoim também. Os problemas do transporte público igualmente. Então o que
deveria ser feito seria o seguinte: colocar no Museu da Gente Sergipana a
história dos vendedores dos pontos de ônibus e dos terminais.
Essas iguarias salvam o dia e o
mundo!
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