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Temores

Quantas batalhas fracassadas você venceu? Quantas guerras inúteis precisou batalhar? Quantas foram as tentativas vãs de expressar uma alegria artificial? Quantos de si precisou ser para sobreviver a injustiças, a amores ingratos, a palavras soltas? Quantas interrogações sem respostas? Quantas cartas de despedidas? Quantas tentativas de suicídio? Quantos cortes na pele? Quantas lacerações no espírito? Quantas igrejas? Quanto  fé perdida? Quantas crenças efêmeras? Quanta opressão? Quantos inimigos? Quantos amores eternos? Quanta consideração? Quanta fome? Quanta vergonha? Quanta humilhação? Quanta inveja? Quanto barulho ignorado? Quanto de si foi ignorado? Quanto suor desperdiçado? Quantas traições? Quanto silêncio?

Negra tentativa

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Fonte: na imagem. A gente tenta ser uma pessoa boa, ter pensamentos elevados, fazer a caridade de ser caridosos. A gente tenta, mas o povo não ajuda. De todos os lados somos bombardeados de ruindades que testam nossa capacidade de ser pessoas boas porque um coração puro não é mais possível. É falsidades em salas de aula, falta de ética no ambiente profissional, pequenas desonestidades e uma miríade de pequenas mentiras que nos induzem ao erro justificável do "sem querer" e assim caminha a nossa multidão humana corrupta, não por causa da carne, mas inata desde o espírito mais tenro. Ninguém, em nenhum panteão, consegue livrar-nos do mal que é ser como somos e o que resta é fazer com que o nosso querer seja mais forte que as justificativas - sendo trevas e luzes onde quer que estejamos. A gente tenta e em vão o que sobra é um coração sempre mais negro.

Realidade universitária

O diário do estudante universitário é manter a calma em meio aos esquerdistas que buscam privilégios - aumento de salário (que já não é baixo); manter o status quo de pouquíssimo trabalho (e atacar os discentes que trazem isso à luz); promoção de um ambiente de pânico por meio de greves e paralisações (nos governos de esquerda e de direita, sem distinção, em uma eterna ironia); promoção o achincalhamento de alunos; utilização dos alunos como ferramenta na linha de frente em confrontos com governo federal (fato já deixado claro por sindicalistas da categoria docente) - nos quais os benefícios são sempre insuficientes para saciar o monstro da desídia do serviço público federal.  Só os Deuses sabem o quanto os discentes universitários são humilhados para que um professor ou outro tenha seu frágil ego massageado. Quantas vezes dezenas de alunos são reprovados graças, em grande parte, a incompetência e a ineficiência do ministrador da aula em repassar o conteúdo? Quantas vezes um o...

Eleição UFS #2

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Foto: redes sociais. É evidente que o modelo político vigente na Universidade Federal de Sergipe não dá certo. Ao longo dos últimos anos pessoas despreparadas ocuparam cargos-chave na hierarquia administrativa universitária e a maior contribuição que fizeram foi apenas preencher o cargo porque poucas foram as alterações, das inúmeras que se fazem necessárias, para melhorar os serviços prestados às comunidades interna e externa. O que os usuários encontram com uma frequência muito maior com que se seria esperado são servidores que se apropriam da coisa pública como meio de suprir as próprias carências e preencher o vazio de uma vida fracassada. Não raro, ouve-se que certo equipamento pertence a alguém ou que dado departamento é propriedade desse ou daquele "decano". A realidade da UFS hoje é uma universidade fatiada entre diversos proprietários que ganharam esse titulo berrando e, quem sabe, até ameaçando implicitamente colegas e usuários do serviço educacional. ...

Opressão sonora

Existe um tipo de canso que irrita e oprime, provocando, em alguns casos, evidente mal-estar físico - o sonoro. Nas casas ao longo dessa rua de barro, que já viu o germe do saneamento básico mas nunca o asfalto, hits rotineiramente repetidos compõem a trilha sonora eclética e de péssimo gosto. Do sertanejo à fossa, todos tem um lugar especial no coração dos pobres periféricos que habitam as bandas do Rosa Maria.  E o pior nem é, necessariamente, ouvirem a mesma playlist todos os dias, o dia todo. É obrigarem os demais a ouvir também, como se todos gostassem de brega funk ou da enjoativa Marília Mendonça. Há nessas pessoas uma falta de discernimento sem ímpar sobre convivência social e dignidade pessoal. E se as letras das músicas revelam algo sobre o próprio ser então essas pessoas são adúlteras ou propensas ao melodrama. Talvez por isso os botecos sujos com mesas engorduradas e garçons grosseiros estejam sempre cheios e prontos a explodir entre risos, choros e ameaças velad...

O raiar cotidiano

O verão é engraçado e, até certo ponto, estranho. Enquanto que em Londres existe o cotidiano de o sol estar presente até as 19h, abaixo do equador o sol fica, no máximo, até as 18h20, no verão apenas. O sol começa a nascer um pouco mais cedo também e às 6h já existe um quê de dia alto.  Há manhãs que começam frias, depois de uma madrugada fresca, cujo prenúncio não é o de nada menos que um dia de sol a pino, inclemente, escaldante. Um tipo de sol que somente os pobres e trabalhadores a céu aberto e os usuários de transporte coletivo podem classificar de infernal, se o este for mesmo quente. À seis horas, com uma brisa fria e os raios solares inclinadamente presentes na rua e nas paredes de casas inacabadas, a rua Mabel de Assis Santos ainda dorme. O homem da esquina, idosamente caduco e com má fama, ainda não ligou o som do carro com os hits dos anos dourados. A mulher da casa em frente, exímia gastadeira da herança deixada pelo marido morto e paga pelo governo, ainda não a...

Eleição UFS #1

Depois das últimas eleições presidências e antes que ocorram as municipais o desafio do governo federal será nomear reitores que possuam o mesmo alinhamento político nas instituições de ensino superior técnico e tecnológico. Os sindicatos já se movem alvoroçadamente para impedir que isso aconteça, por vezes até com fake news, tal qual o bolsonarismo.  Na Universidade Federal de Sergipe - UFS -  a insatisfação com servidores administrativos que queimam suas horas de serviço jogando paciência quando deveria estar efetivamente trabalhando ou pressionando, beirando a chantagens de cunho acadêmico, os discentes, como em certo departamento, está chegando a níveis intoleráveis dentro dos campi . Isso, sem sombras de dúvidas, refletirá no resultado para consulta ao novo reitor na UFS e não será sem motivos já que esses sobram. Nas redes sociais já circula os primeiros discursos para uma mudança radical e esperada, até mesmo pelos petistas mais vermelhos. Segue abaixo a transcriç...