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Mostrando postagens com o rótulo livros

Livros e animais

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Ler expande a mente: torna o indivíduo mais paciente; ensina o leitor a especular sem levantar suposições ofensivas – publicamente, ao menos; ensina histórias; faz-lhe abrir os olhos para coisas imperceptíveis; educa. Ler não pode ser um ato restrito, a um estilo de leitura, a um autor ou a uma maneira de ver o mundo. Ler exige que o leitor seja um policial, um criminoso, um terrorista, um bruxo, um peixe, um abade que pratica missa negra, um soldado, um combatente, um padre. Olafinho, o gato E, lendo, novos amigos aparecem, novos mundos são formados, compreensões são reveladas e curiosidades saciadas. Acredite ou não, quando se fala em curiosidade e companheirismo para praticar a leitura e viver em outro mundo, os animais são os seres que melhor podem entender. Lendo, olhares de olhos grandes sempre estão a se perguntar: o que é isso? O que é isso que faz com que seu gato, ou cachorro, olhe para você e acompanhe suas expressões, seus humores, seus suspiros ao fixar o olh...

Ação própria

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Estante particular A maioria espera pelo poder público para ler, entender leis e teoremas e ser alguém pensante. E isso é até razoável se entendermos que livros são caros, que histórias são desnecessárias e que é aceitável ser ninguém até o fim da vida. O poder público não faz nada quando o povo não se inquieta para promover o bem comum. A sociedade egoísta em que nos movimentamos exige que cada tenha seu próprio lucro, sua própria estrela nas paredes pintadas a cal dos muros públicos. Esse é o problema. Se cada um e todos, num conjunto coeso e sem individualidades mesquinhas, unissem forças para a construção de espaços comuns que atendessem a todos e promovessem a cultura e a educação grandes avanços poderiam ser alcançados. Enquanto isso não acontece, ou melhor, enquanto cada um não aceitar sua condição e lugar, as bibliotecas caseiras podem se proliferarem. Cada um pode ter seus livros e deles fazer uso. Livros ainda não são baratos como deveriam, mas estamos nos encam...

Entrevista com Ivan de Almeida

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Ivan de Almeida A conversa de hoje é com o jornalista, editor e escritor Ivan de Almeida. Em 2009 Almeida fundou a Cogito Editora e desde então tem publicado coletâneas de autores locais e internacionais, como é o caso da Antologia Poética- Cogito que surge a partir do Concurso Internacional promovido pela Editora. É autor dos livros Ciclo do Pareta e outros Poemas e Mídia e Carnaval. Está para lançar a biografia Argeu - Uma vida de trabalho, coragem e ternura. E conversamos sobre a arte de escrever, as novidades editoriais de sua editora e autores/livros. Rafael Rodrigo Marajá: Por que escrever? Ivan de Almeida: É uma forma de deixar algo para as futuras gerações. Descobri minha inclinação para a poesia em 1996 e hoje como jornalista e pesquisador tenho a escrita não somente como arte mas também como instrumento para o relato histórico de coisas, lugares e pessoas. R.R.M.: O jornalismo abre muitas portas para o profissional. Alguns acabam reunindo uma vida inteir...

Entrevista com Ovídio Poli Junior

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Ovídio Poli Junior A entrevista de hoje é com o Escritor e Doutor em Literatura Brasileira (USP), que invadiu Palmeira dos Índios e região com o Cavalo Probo (Políbio). Ovídio Poli Junior mora em Paraty, onde dirige o Selo Off Flip, que neste ano lançou a 9ª edição do Prêmio Off Flip de Literatura. E em meio a tantos afazeres Ovídio conseguiu um tempinho e  conversou sobre qualidade literária de livros, de como se tornou escritor e sobre produção literária nesse novo mundo tomado pelas redes sociais.  Rafael Rodrigo Marajá: Como é trabalhar com literatura e morar em uma das mais belas cidades do País? Ovídio Poli Junior: Aqui se convive com o arcaico e o moderno, o cosmopolita e o provinciano: na rua vemos carros, bicicletas e carroças, no mar podemos ver velhas traineiras e iates de luxo. Paraty é uma síntese do Brasil e de suas contradições e ainda precisa dar atenção a problemas sociais profundos, inclusive no que se refere ao acesso à leitura. Mas é ...

Até mais, e ....

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Até mais, e obrigado pelos peixes! Esse sensacional título da trilogia de cinco livros de Douglas Adams deveria ser a despedida elegante de muitas situações, para muitas pessoas, para ao passado e para o futuro sem graça. Até mais... para tudo aquilo que passou, que não volta, que perdeu a cor, que não tem mais a vivacidade, apesar das lembranças e quiçá da saudade. ...e obrigado pelos peixes. Na obra de Adams, os golfinhos se despedem de umas das espécies inteligentes, não a mais inteligente, e voltam para o lar na iminência da destruição da terra. Na vida de cada um pertencente a essa espécie não tão inteligente, a expressão titular pode ser um charmoso: Adeus, e foi bom enquanto tentei ajuda-lo(a) a sair da ignorância, mas agora preciso ir embora. Quem sabe um dia alguém diga para outro um até mais, e obrigado pelos peixes! e algo surpreendente não aconteça?!

Entrevista com Lízien Danielle

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Lízien Danielle A conversa de hoje é sobre literatura, erotismo e escrita com a escritora Lízien Danielle, que escreveu seu primeiro romance aos quatorze anos e não parou mais. Lízien é graduada em letras e especialista em língua portuguesa com ênfase do leitor, o que nos leva a concluir que é uma especialista em transportar o leitor ao mundo mágico da literatura. A baiana fala-nos sobre sua experiência na literatura e sobre suas visões acerca dos caminhos por onde anda.  Rafael Rodrigo : Lízien, o que escrever significa para você? Lízien Danielle: Transportar para o papel um mundo imaginário só meu que divido com meus leitores. R.R. :  Em seus livros, até que ponto está o personagem e até onde vai a Lízien, escritora, nas histórias? Lízien: Minhas personagens são todas fictícias, mas há um pouco da minha personalidade em cada uma delas. A personagem é sempre o núcleo de tudo. Eu entro quando começo a induzi-la a pensar como eu pensaria s...

Bienal do Livro de Alagoas

A Bienal do Livro de Alagoas está para começar, após alguns outros eventos como a Bienal do Livro de Pernambuco e a Festa Literária de Marechal Deodoro, e o Estado parece não ter percebido, ainda, que a Bienal é realizada para si e não apenas para os visitantes vindos dos outros Estados. O evento deve ser encarado como cartão de visitas para os estudantes que estão no ensino básico e tendo os primeiros contatos com a cultura de leitura do livro; como base para conhecer novos autores para os já amantes do livro e como ferramenta de troca de conhecimentos e experiências para os novos autores locais. A Bienal do Livro de Alagoas deve representar a cultura local e a diversidade criativa, agregando ao evento o diferencial que o Estado possui como produtor de cultura. E, para isso, deve ser um evento de todos os brasileiros ou não, Alagoanos ou não, e que abranja todas as classes sociais permitindo que a cultura e o desejo pela leitura sejam hábitos constantes. Desse modo existirá o mo...

O domingo comum

Comumente, adivinha-se, sem muitas deduções, que os problemas amorosos, que geralmente surgem em um domingo – dia de muita ociosidade e tédio - são provenientes da falta de objetivo preguiçoso e egoísta, inerentes à felicidade individual de cada um. Esses problemas não são tão grandes e dramáticos quanto pitam àqueles que não m nada melhor para fazer. São simples, até demais,e estão,via de era, ligados a algum desejo sexual insatisfeito. O amor compartilhado, que tantos desocupados gostam de complicar, é apenas a infelicidade camuflada de simpatia eu faz o tempo - a maior riqueza do homem - ser desperdiçada abundantemente.  Assim, o que é possível perceber e um amontoado de gente é que as discussões de relação – DR’s -, os ciúmes – inclusive té de quem nem se tem nenhum ipo de relação afetiva ou sexual – e o desperdício do tempo poderiam ser facilmente resolvidos na cama, como costumam afirmar uns, ou em uma leitura altamente despretensiosa, mas boa e instigante, e algum escrito...