Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Sonhos

Fantasias deliberadas

Imagem
Arte: Gabriela Santos  Criamos, por livre e deliberada vontade, fantasias que distorcem a realidade e colocam-nos em estado de contida histeria. As fantasias crescem, reproduzem-se, povoam nossa mente e coração, influenciando cada célula do nosso corpo, para depois contaminar nosso sensível espírito. Então saímos à rua procurando não a fria e dura realidade, mas quem, com palavras e gestos lisonjeiros, acalente tão esdrúxulas fantasias. Saímos à procura de apoio. E esbarramos em indiferença e espanto daqueles que deviam ser os alimentadores dos nossos "sonhos" fantasiosos. Um dia, inevitável, descobriremos que as nossas vãs fantasias não passaram de tolices produzidas por uma mente ora atormentada ora fugidia e que o melhor é enfrentar a realidade de cara limpa, sem a vergonha do tempo desperdiçado com essas tolas fantasias. Noivados perfeitos, homens e mulheres descendentes de reis e belos como deuses, casas luxuosas, dinheiro sem fim, carros, fortunas divers...

Sonhos poderosos e perigosos

Imagem
“E quando os sonhos viram realidade, eles fogem ao poder do sonhador e se tornam coisas mortais por si só, capazes de ação independente.” It, Stephen King. Sempre ouvi que se deve tomar cuidado com os pensamentos porque eles são tão poderosos que podem mover objetos e estabelecer comunicação onde antes não havia nada. Os pensamentos são poderosos e já provei (e continuo) da incrível capacidade de pensar e concretizar, seja pelas minhas próprias mãos seja pela ação de outrem. Imagem:  Robert Davidson.  Red Tailed Eagle Feathers , 1997 alder, acrylic paint, horse hair,  opurcula From the Collection  of George Gund III No entanto, os pensamentos não são os únicos a serem dotados de magia. Os sonhos, assim como a palavra escrita e verbalizada, possui igual capacidade de transformação e estabelece padrões pelos quais somos capazes de realizar o outrora inimaginável. Para atingir um fim ultrapassamos limites, restabelecemos preceitos e ...

Sessão: Sonhos

Imagem

Janelas

Sempre diferentes, as janelas são exemplarmente a representação daquilo que não se pode mudar, embora talvez sempre se queira. Quadrados de personificações variáveis, de tamanhos não definidos, exatamente, de vistas sempre modificadas pelas mudanças na urbanidade das pessoas, pelos movimentos dos ventos, pelos pensamentos que voam para muito além de um infinito de pedras ou serras. Janelas são identidades de uma perspectiva sempre viva, apesar de devastada pelos deveres, em algumas vezes, mas que conservam, em sua razão de existir, a necessidade de mais um vislumbre para a noite, a madrugada, o dia amanhecendo ou um crepúsculo inexpugnável. Janelas, ou a ideia que fazemos delas, são simplesmente um dar de ombros sobre a realidade e seus paradigmas e uma visão, alargada pelas frestas de um futuro sempre presente que faz com que a racionalidade de um momento seja perdida entre o focalizar das retinas em um ponto negro no céu sempre azul, ou em uma estrela, que mais ...

A morte e a morte pelo caminhão

Imagem
Nada precisa ser do jeito que deve ser, mas do modo que tem que ser. E, nessa busca incessante por algo que se quer muito, podemos acabar caindo no abismo do ostracismo medíocre que nos acompanha sempre que tentamos buscar aquilo que é inatingível, ou não, e que custa caro, em determinadas ocasiões. Agravando tudo isso, ainda tem a morte. Morte de Zeca Urubu em PIn Ah, a morte! Quantas são as maneiras e as vezes repetidas em que esta senhora pega  a mão de um ou outro e arrasta-os para o fundo: do poço, do caso, do acaso, dos fatos, dos dias, das alegrias, dos idiomas e transcende qualquer explicação e qualquer estímulo ao desejo. A morte, quando chega de repente, junto com um caminhão sem governo firme, de história trágica, ceifa um sonho? Destrói um momento? Termina uma vida? Depende. Se o objeto de desejo, talvez um carro, uma casa, um lugar, um alguém um elemento invisível – embora tangível -, tiver sido alcançado, mesmo não tendo sido aproveitado em toda a sua p...

Amar é para poucos!

Imagem
Templo Sud - Salt Lake City Os relacionamentos quase sempre começam errados, com toda aquela expectativa e todo o estardalhaço que a beleza ou a inteligência pode provocar entre duas pessoas. Tudo é levado ao extremo glacial ou ao inferno penoso no qual se arrasta a maioria dos romances. E na busca pela dominação do outro acabamos esquecendo o mais essencial, o princípio de toda forma amorosa, a doação incondicional, aquilo que torna especial a discussão sobre uma meia parede durante a madrugada de um  novo ano.  E buscam a perfeição em formas distorcidas pelo modismo e pela filosofia barata que acabamos ouvindo e lendo em painéis eletrônicos. Para que a perfeição se é justamente o imperfeito que cabe em uma praça ensolarada, banhada no sorvete que escorre por entre lábios, e que apenas os olhos do bem-querido pode contemplar sem a cobrança de um crescimento desmedido ou de uma criancice habitual e meiga. Não precisamos de uma máscara de maquiagem, roupas bem est...