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Mostrando postagens com o rótulo Oswaldo Montenegro

A canção mais linda

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Uma das canções mais lindas que já ouvi é surpreendentemente atemporal. Do repertório do cantor e compositor Oswaldo Montenegro, A vida quis assim é simplesmente bela, emocionante e rica – um exemplo da beleza da poesia brasileira e da sonoridade das palavras. Com um arranjo à altura da poesia, através da voz ímpar de Montenegro, essa canção é capaz de arrebatar qualquer um que esteja sensível ao belo e ao sublime. A primeira vez que a ouvi foi por obra do acaso quando elaborava uma apresentação para uma aula na pós-graduação. Em meio aos princípios pedagógicos que seriam ensinados, e pensando seriamente sobre eles e sua aplicabilidade em sala de aula, acabei esbarrando em A vida quis assim no youtube e foi encanto à primeira vista. Já a reproduzi dezenas de vezes e continuo ouvindo sem cansaço porque ela é simplesmente inspiradora. Há quem não goste de alguns ramos da Música Popular Brasileira – e prefira exclusivamente, quase sempre, o funk (que eu também gosto) ou alguns hits d...

Imagina que louco

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Foto reprodução: Aldeia de Pescadores - Di Cavalcanti "Me fale das andanças ex amor Dos melhores momentos que passou Me fale que eu vou te falar dos meus(...)" Veja que achado você acordar e, seguindo o vício, acessar as redes sociais e deparar-se com A vida quis assim , de Oswaldo Montenegro, logo de cara! Sempre fico imaginando a carga de emoções que essa letra traz. Interpretada, ela fica ainda mais emotiva e surpreendentemente atual. Algumas poesias são tão universais que têm o poder de transformar as pessoas, destruí-las ou reconstruí-las, de modo que tudo que está à sua volta passa a ter um significado diferente e revelador. Imagine os ex amores sentados em uma mesa de bar e contando os casos, os percalços, as vitórias, as derrotas, entre uma dose e outra, entre um ovo colorido e um salgado qualquer. Imagine uma taça de vinho segurando as risadas e as lágrimas de dias passados, separados, em um presente que ninguém jamais pensaria que pudesse existir. ...

Léo e Bia

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cena do filme Filme nacional é conhecido por falar palavrão, ter cenas de sexo, expressões de duplo sentido – excetuando-se, evidentemente, muitos filmes não tão populares. E filme é um dos segmentos da arte que não só surpreende como também está sempre novo. Entre os diversos filmes que estão por aí circulando quero chamar a atenção para um que muitos não conhecem e que é de uma simplicidade de cenário e figurino, mas com uma história densa e emocionante, que chega a ser uma obra de arte só o roteiro. Léo e Bia, de Oswaldo Montenegro, que conta com atrizes como Françoise Forton e Paloma Duarte no elenco, possui uma visão particular sobre amor e medo, dever e liberdade que poucos filmes nacionais já foram capazes de abordar. Em um cenário simples a história de Léo e Bia se desenrola com um quê de jovialidade e dramaticidade que marca o fim da história com uma surpreendente emotividade do telespectador. É a história de amor do planalto central que pode muito bem re...

Dois gramas de amigo

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Na foto, da esquerda para a direita: Izadora, Eu, Rafa, Rafa e Rafa.  Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê? Esquadros – Adriana Calcanhoto Amigo possui diversas definições e as formas de “fazer” amigos são amplas e tão diversas quanto à quantidade de pessoas que já viveram e viverão no planeta. Na prática são aquelas pessoas irritantes que aguentam a sua irritabilidade, com o usem motivos; são seres que podem em nada se parecer contigo e mesmo assim serem gêmeos; são pretos, pardos, brancos, amarelos, indígenas, pobres, ricos, bissexuais, homossexuais, pegadores, putas, ladrões, cafetões, escritores, leitores, cantores, estagiários, engenheiros, enfermeiras, professores, vizinhos, paixões e antigos desafetos – todos são amigos de alguém, seu, meu, de alguma forma imunes aos rótulos quando evocam a chancela amigo. Ex-amores também podem ser amigos que sabem demais e, por isso, mereciam um fim rápido, mas que insistem em serem e terem aquele olhar de “eu sei” ...

O Sempre da matemática e do amor

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Nunca se teve tanto medo, ou receio, de usar uma palavra na exata matemática ou naquilo que chamam de amor como quando alguém diz Sempre. Na matemática, as coisas não são Sempre. Não é Sempre que a integral disso é aquilo, que um método pode ser utilizado, que a convergência de uma função é teimosa demais para ser generalizada. No amor, o atrevimento de exclamar o Sempre em tudo faz com que haja a dramaticidade do momento, a efemeridade dos sentimentos, a discrepância entre o que realmente se quer e o que se pode ter de verdade. No amor, ou naquilo que isso classifica, Sempre é muito perigoso, muito incerto, ou certo demais que acaba terminando uma hora frustrando toda a noção da ideia de Sempre. Impossível usar esse termo sem que haja a confusão das coisas, sem que a ideia de fim se propague entre as ondas eletromagnéticas que passam de um equipamento modelado por uma Equação Diferencial Ordinária e um coração modelado pelo desgosto de seus quereres que sempre – veja só - ...

Mundo oceânico

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O mar em abstrato de Ana Paula L. O mundo é um oceano com águas espumantes, de um sal libertador, inebriante, que traz à tona a razão e o amor, o próprio, o egoísta, aquele que nos move a ir a diversões individualistas, a gostar de estar só, lendo um livro. Nesse oceano, cabem corações, cabem caixas, cabem satisfações, cabem noites em claro. Cabe você em resumo e em expansão. Partículas de água que trazem a emocionante racionalidade do não-cometimento de velhos erros, antigas mancadas que aconteceram na busca pelo acerto, por não fazer outrem sofrer ou chorar, por não querer partir, precisando estar longe – na pior distância: a emocional. A água, salgada, que banha o corpo também é a mesma que tem estrelas que encantam as que brilham, é o fluido que corre entre veias e escapa nos olhos. Água salgada que leva para longe a tristeza e deixa, lavada, a lembrança mais bonita, a foto mais ímpar de duas faces, dois lugares, dois mundos. Na seguridade da areia, onde todos ficam, ...

Ainda é possível

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Às vezes, é possível que exista uma letra de música que martela na cabeça durante a noite, ou um poema que surge com rosto definido. É possível que apareça olhos sorridentes entre vírgulas e pontos, letras e rimas, acordes e melodias. É possível que esteja partido o sentido íntimo que faz surgir tais coisas, sem restar nada além de pedaços, folhas rasgadas, cores desbotadas. E esse é um estado em que ocorre o verdadeiro autoconhecimento, aquele que faz você não chorar por mágoas passadas, mas entende-las e cuidar das suas próprias feridas como um animal inocentemente agredido por facínoras. É nesse estado que ódios oriundos de amores são extintos, que a poesia deixa de ser melancólica e o ar mais leve. Nesse espaço em que só cabe um, você mesmo, o mundo começa a sua longa e demorada reconstrução, mais experiente, mais vivo, mais limpo. E quando a face há muito conhecido atravessa o tempo e ultrapassa seu querer, surge uma nova arte: a de gostar sem a passionalidade do amor-ódio de...

Sessão: Se puder Sem medo

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Sessão: Sem Mandamentos

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Sessão: Metade

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Sessão: A Lista

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Sessão: Todo o sentimento

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Sessão: Velhos Amigos

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Sessão: A vida quis assim

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