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Mostrando postagens com o rótulo Animais

Júlio Cezar e os animais de rua

Passada a euforia dos pleitos e com a popularização das "obras importantes", a gestão do "homem do povo", ou "Imperador" como a oposição se refere ao prefeito Júlio Cezar, este deixou de lado a preocupação com os animais de rua e abandonados. Antes apoiava a Apapi, entidade de apoio e ajuda a esses animais por meio de uma ação formal. Passou-se o tempo, o povo fixou na mente que a prefeitura assistia essa parte importantíssima da vida social e coletiva dos munícipes e agora a realidade bate à porta da Apapi. Boletos, falta de alimentos e medicamentos para os animais e inúmeros outros itens necessários à manutenção desse serviço não mais recebe o apoio do poder público. Como sempre, os animais precisam, e continuarão precisando, comer e viver adequadamente mesmo que não estejamos em tempos demagogicamente eleitorais. O descaso com os animais de rua e com os já recolhi...

A ordenha de Palmeira

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Foto: Cachorro abandonado no centro de Palmeira dos Índios. Rafael Rodrigo Marajá Os animais domésticos, ou não, sempre estiveram na berlinda em Palmeira dos Índios. Os hábitos comuns entre parte dos moradores de envenenar e abandonar animais são práticas quase incorporadas ao ambiente urbano do município. Os hábitos evoluíram e agora os envenenadores e abandonadores chegaram ao cúmulo do inconcebível. Nessa última semana fui levado, contra vontade, para o desprezível e nojento mercado público da carne e nem mesmo entrei no edifício e já pude vislumbrar, além da falta de higiene, do esgoto a céu aberto - principalmente aos sábados e quartas-feiras - e dos ratos por toda parte, uma cena muito mais desprezível que todo o conjunto que sustenta a mesa dos palmeiríndios: três filhotes de cachorro, ainda com o cordão umbilical, jogados em um buraco de lixo e cobertos com papelão, sob o sol inclemente das onze horas. A cena e o ato já é, em si, o mais degradante que um dito ser ...

Vida cruel

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Viver no nordeste, nessa época do ano, não é fácil. Nada fácil. Em Palmeira dos Índios falta água seis dias e 20h - apenas 4 horas de água por semana. O sol é escaldante e a terra parece que vai pegar fogo. Sair à rua é praticamente uma insanidade cuja única motivação é a necessidade. E se para os humanos é difícil, imagine para os animais, principalmente os de rua e abandonados! Não é raro encontrar, entre as dezenas de cães e gatos moradores de rua, animais de grande porte, como equinos e bovinos, perambulando pela cidade, morrendo de sede, fome e cansaço. Esses animais, que invadem ruas e rodovias, casas e terrenos baldios, viram e reviram lixeiras e o que mais aparecer, são vítimas de donos irresponsáveis e aproveitadores que, para economizar e poupar trabalho, entregam ao deus-dará esses pobres animais até que voltem a precisar dos seus serviços. Perambulando, indo de um ponto a outro da cidade, eles imploram por água a todos que passam, sentem na pele o sol quente do dia t...

Livros e animais

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Ler expande a mente: torna o indivíduo mais paciente; ensina o leitor a especular sem levantar suposições ofensivas – publicamente, ao menos; ensina histórias; faz-lhe abrir os olhos para coisas imperceptíveis; educa. Ler não pode ser um ato restrito, a um estilo de leitura, a um autor ou a uma maneira de ver o mundo. Ler exige que o leitor seja um policial, um criminoso, um terrorista, um bruxo, um peixe, um abade que pratica missa negra, um soldado, um combatente, um padre. Olafinho, o gato E, lendo, novos amigos aparecem, novos mundos são formados, compreensões são reveladas e curiosidades saciadas. Acredite ou não, quando se fala em curiosidade e companheirismo para praticar a leitura e viver em outro mundo, os animais são os seres que melhor podem entender. Lendo, olhares de olhos grandes sempre estão a se perguntar: o que é isso? O que é isso que faz com que seu gato, ou cachorro, olhe para você e acompanhe suas expressões, seus humores, seus suspiros ao fixar o olh...

A vileza do abandono

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Corredor do CCBS, UFS. Abandonar animais é feio, para não dizer altamente denunciador do caráter de quem realiza tão vil ato. Abandonam filhotes como se jogassem roupas velhas no lixo. O pior é que esse é mais um traço da humanidade que, passadas guerras mundiais, locais e virulentas, ainda não mudou, mesmo com toda a experiência humana. Na Universidade Federal de Sergipe, ali pelos lados dos prédios departamentais de Ciências Humanas - Letras, Psicologia, Filosofia e afins - existia vasilhas com ração e água e pequenos clãs de gatos e alguns cães. Alguém ainda olhava por eles. De repente, os animais foram sumindo. E a cada greve o número de viventes foram diminuindo e agora são bem menos, é o que parece. Talvez cansaram de boa ação. Agora, entre os corredores do CCBS e do CCET é possível ver filhotes jogados aos pés dos que passam. Uns são aparentemente saudáveis. Outros nem tanto.  Não acredito que em um Campus universitário relativamente grande como esse não exis...

A você que odeia as Fêmeas!

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Foto: Filhotes da Suzi, companhia de Rafinha Costa O maior drama de quem tem bichinho de estimação é a morte do tão querido companheiro(a). É triste e inconsolável – e nem adianta dizer que vem outro e fica no lugar por que não é assim que a coisa funciona. No entanto existe algo mais triste que a morte e mais deplorável para a raça humana: a discriminação/marginalização com as fêmeas de cães e gatos! As pessoas querem os gatos e os cachorros machos e rejeitam veementemente as fêmeas como se elas carregassem o mal do mundo dentro de si, como se fossem uma praga que o planeta não deveria abrigar. E sempre ouço, quando a Lis tinha filhotes: “Só quero se for macho”. Ora, essas pessoas não pensam direito! Não batem bem da cabeça! Se detestam tanto as fêmeas por que então simplesmente não jogam as filhas em caixas, ou amarradas em sacos à beira das estradas, em córregos e bueiros? Por que não as deixam nas maternidades para quem quiser adotar? Sim, pois suas filhas també...

O frio comendo no cento

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É claro que no nordeste todo mundo acredita que o calor come no cento dia e noite. E em algumas regiões isso é lá verdade; em outras a história é muito diferente. Esse ano o inverno está de parabéns em Alagoas. O frio está fazendo suas vítimas – animais -, ou melhor, a baixa temperatura para o normal do nordeste está baixa demais. É um enrola ali, um encasacado acolá, uma reclamação num mural, uma corrida para banho cedo. Nunca vi! Já era aceitável cair um pingo d’água e o povo correr para se proteger, que nem se fosse de sal, mas agora está é demais. Claro que em Arapiraca a neblina é avassaladora e em Palmeira dos Índios, por causa da serra, só dá para espantar a friagem com umas cincos ou dez doses de Pitu. E, por enquanto, ainda temos as fogueiras, mas como todo santo é de barro uma hora acaba a folia e tudo volta ao normal para o inverno frio – por que tem ano que o inverno é mais quente que o verão. Vamos lá, andando, entornando, pra ver se o frio passa...

Esquecimento esquecido

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Quem nunca disse não vou esquecer e esquecendo-se do que disse, esqueceu? Dizem que nunca vai esquecer aquela ou essa pessoa, aquele ou esse acontecimento, esse ou aquele bichinho de estimação e acabam esquecendo tudo e todos que disseram um dia que não esqueceriam. Talvez seja por ter esquecido que disse que não esqueceria, ou por força de vontade muito tempo trabalhada, que os elementos inesquecíveis tornaram-se esquecidos. Tornaram-se renegados a um canto empoeirado de coisas inúteis que serviram em um passado, próximo ou distante, e que agora, no presente, futuro desse passado, não têm mais lugar para nenhum deles. As pessoas esquecem facilmente do que foi bom e que, por que foi bom causa dor no presente, gerou o inesquecível. Todos gostam do momento e do caminho eterno que as coisas boas causam, mas rejeitam todas as lembranças boas que delas originam-se apenas porque não sabem lidar ou com a dor da perda ou com a infinitude de risos e nostalgia que elas geram, nesse pr...

A fabulosa ferramenta da comunicação: IRONIA

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Aracaju -SE. Foto: Ricardo Torres O que leva uma pessoa a não entender uma ironia? De todas as maneiras de comunicação oral que o homem possui a mais eficiente, e que é também uma ferramenta indispensável, ainda é a ironia, que é o pilar do divertimento e da comunicação eficaz.  Levada nem sempre a sério, ela representa a verdade nos momentos mais impróprios. Embora muitas pessoas não consigam ser satisfatoriamente irônicas, isso não justifica não entenderem quando esse artifício é usado. Das hipóteses levantadas, duas são bem categóricas: a) a pessoa não entendeu a ironia; b) a pessoa fingiu que não entendeu a ironia. Para o primeiro caso, a situação é séria. Extremamente. Para o segundo, é bem pior por que quando não se manifesta a oposição à ironia proferida significa que o que foi expresso é tão verdade que sequer há argumentos para contestar o que foi dito. E então o problema é ainda mais sério, dependendo da situação. O poder da ironia, portanto, não está no...