Pequena crônica da vida

Photo: Cena da Fazenda. V. Dijon. The Met.

 

As discussões inúteis tomam conta dos espaços, "cultos" e "ignorantes". As mesquinharias grassam em cada fresta e as pequenezes de pessoas vulgares pululam em cada esquina.

Mortes diversas tornam-se nada mais que números políticos.

A fome fica esquecida na mente dos entorpecidos pelo vício em aprovação alheia e virtual.

E a vida vai seguindo em frente, do jeito que dá, nem sempre com a glória com que a pintam em livros e discursos religiosos. Porém, sempre em frente.

Por enquanto essa vida não está em surtos de grávidas ou em festas, que sempre manifestam alegrias forçadas; está tímida, magra, andando entre ruas sem calçamento e em trabalhos indignos travestidos pela necessidade. 

Essa vida que não pode esperar e nem cabe em rótulos está diminuída, mas não morta. Ainda. 


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