A antifragilidade



 
Quadro: A Sala Amarela. James McNeill Whistler. Metmuseum.

Depois do surto de falsa e hipócrita empatia a que fomos submetidos e que nos impulsionava para o precipício do descarado conflito nas organizações, nas reuniões sociais e no tribunal virtual das redes sociais, agora temos discursos sobre antifragilidade.

Devemos ser antifrágil para produzir mais.

Devemos ser antifrágil para aceitar com mais passividade os grilhões contemporâneos do trabalho.

Devemos ser antifrágil para reclamar menos, aceitar  com mais gratidão as migalhas e suportar com resiliências os abusos a que somos submetidos para agradar os patrões e seus bajuladores.

Antifragilidade é o novo "homem não chora" estendido, e não restrito, a mulheres e adolescentes explorados no mercado de trabalho cada vez mais perverso e danoso. 

Sem fantasias, o cotidiano nas organizações está cada vez mais insalubre e desvantajoso para quem almeja mais que o simples quitar contas ao fim de cada mês. Porém, pensar é ser frágil e a nova onde de antifragilidade não permite isso.






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